Cultura Nacional

Aconteceu:
 III Congresso de Mulheres Capoeiristas: 
Protagonismo da mulher
Frutili e Montanha - Amigos do Portal Capoeira



Na perspectiva de promover a integração das mulheres de capoeira do Ceará de estados vizinhos, será realizado de 24 a 26 de maio o III Congresso de Mulheres Capoeiristas: Protagonismo da mulher. O evento que tem apoio da Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de Esporte e Lazer (Secel), é uma promoção da Associação Zumbi de capoeira e do Grupo Cordão de Ouro.

Durante três dias, serão realizadas palestras, feiras da cadeia produtiva da capoeira e oficinas ministradas por mestras e contramestras na área. No evento, haverá também espaço para recreação infantil, garantindo às mães a participação integral nas atividades do congresso. Toda a programação busca chamar a atenção da sociedade para a atuação das mulheres na valorização da cultura afrodescendente e discutir o espaço já conquistado por elas.

A abertura acontecerá no Cuca Che Guevara (Av. Presidente Castelo Branco, 6417) na quinta-feira (24), às 19h, com acolhida de instrutoras e professoras de grupos de capoeira de Fortaleza. Haverá ainda a formação de rodas abertas de capoeira e de samba. Na sexta-feira (25), também às 19h, no ginásio Paulo Sarasate (Rua Ildefonso Albano, 2050), será realizada a palestra “Protagonismo da Mulher”, que discutirá a evolução feminina na capoeira. A exposição será feita pela mestra Janja, de Salvador, pela professora Tina, da Paraíba, e pelas mestras Carla e Paulinha, ambas de Fortaleza. 

As oficinas, ministradas por mestras e contramestras, acontecerão no sábado (26), das 9h às 12h e das 14 às 17h, no Armazém da capoeira (Av. José Bastos, 287). No final da tarde, haverá o encerramento com danças populares, como a ciranda, e com a apresentação do Movimento Feminino, que realiza rodas itinerantes em vários pontos de Fortaleza. A abertura e a palestra são gratuitas e abertas ao público. Já as oficinas terão investimento de R$ 20,00 e as inscrições serão feitas durante o congresso, nos locais das atividades. 

Serviço 

III Congresso de Mulheres Capoeiristas

Data: De 24 a 26 de maio
Local: Cuca Che Guevara (quinta), ginásio Paulo Sarasate (sexta) e Armazém da capoeira (Sábado)
Horário: 19h (quinta e sexta-feira) e das 9h às 17(sábado)
Contato: Mestra Carla - Coordenadora do Congresso (3105.1351) 

Fonte: Secel
Profº Cleber de Oliveira

Altamiro Borges: Folha tucana ataca a blogosfera

Numa matéria desonesta e distorcida, assinada pelos jornalistas Bernardo Mello e Catia Seabra, a Folha de hoje voltou a atacar a blogosfera - o que só confirma que a velha mídia está muito incomodada com a força crescente das redes sociais. Ao tratar de uma reunião ocorrida ontem à noite entre blogueiros paulistas e o candidato à prefeitura de São Paulo Fernando Haddad (PT), o jornal tucano destilou todo o seu veneno.

Por Altamiro Borges, em seu blog



Já no título, "Petista pede ajuda a blogueiros que apoiam governo", uma mentira deslavada. A reunião foi articulada pelos ativistas digitais e não pelo PT ou por Haddad. Da mesma forma, os blogueiros - que residem em São Paulo e conhecem o desastre causado pela dupla Serra-Kassab - já estão agendando conversas com candidatos à prefeitura paulistana de outros partidos.

"Reporcagem" desonesta e distorcida

Na reunião, o pré-candidato petista apresentou as suas propostas programáticas para a cidade, apontou os principais problemas das últimas gestões demotucanas - e agora do PSD de Kassab - e falou dos desafios da sua campanha eleitoral. Mesmo sem ter acesso ao encontro, a Folha intuiu - bem ao estilo Gilmar Mentes - que Haddad "pediu ajuda a sua campanha na internet". Nada foi falado sobre o tema, nem o petista seria ingênuo para achar que iria enquadrar os blogueiros. Ou seja: a Folha mentiu novamente!

De forma desonesta, a Folha tentou vender a imagem de que os presentes da reunião pertencem ao "núcleo de militantes virtuais para atuar na internet" e que "o grupo será acionado para fazer propaganda de Haddad e atacar rivais nas redes sociais". Do encontro participaram vários blogueiros que não têm qualquer filiação partidária e, inclusive, militantes de outros partidos. A Folha sabe disso, mas procurou novamente manipular a informação.

Vínculos sombrios com José Serra

Na prática, a "reporcagem" da Folha tentou prestar mais um servicinho sujo ao tucano José Serra - com que sempre teve o rabo preso. É bastante conhecida a influência do eterno candidato do PSDB na cúpula da empresa da famiglia Frias, inclusive na confecção de pautas e no pedido de demissões de repórteres menos amestrados. Será que a Folha topa divulgar, com mais transparência, seus constantes encontros e contatos com Serra?

A matéria também visou estimular a cizânia entre os blogueiros. Mas esta tentativa é infantil. Os ativistas da chamada blogosfera progressista sempre zelaram pela pluralidade no interior deste jovem movimento. Eles sabem que existem blogueiros de diferentes concepções e origens, de diversos partidos e, principalmente, de ativistas digitais sem filiação partidária. O esforço sempre foi o de construir a unidade na diversidade, respeitando o caráter horizontal e democrático deste movimento. 

A Folha, com a sua cultura autoritária e arrogante, não entende a nova realidade da rede. Azar dela. Ela continuará a perder credibilidade e leitores! O seu modelo de negócios continuará afundando! 

Fonte: Blog do Miro
Profº Cleber de Oliveira

Câmara marca para hoje votação do Sistema Nacional de Cultura

Os deputados devem votar na tarde desta quarta-feira (30), em sessão extraordinária, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria o Sistema Nacional de Cultura. A pauta foi negociada ontem na reunião dos líderes partidários com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). As deputadas Luciana Santos (PE) e Jandira Feghali (RJ), ambas do PCdoB e da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, já haviam cobrado a votação da matéria ainda este semestre.


O objetivo da PEC é criar condições para a organização de um sistema de gestão da cultura, incentivando e definindo elementos para ampliar o acesso da população aos bens culturais. O artigo 215 da Constituição diz que é dever do Estado garantir à população o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional.


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Eduardo Guimarães: O Globo faz campanha contra Lula no Twitter

Ontem ocorreu um fato espantoso que explica bem por que a grande imprensa brasileira é chamada de PIG – sigla que significa “Partido da Imprensa Golpista”, uma sigla cunhada pelo deputado federal pelo PT de Pernambuco Fernando Ferro que se popularizou sobremaneira na internet.

Por Eduardo Guimarães, em seu blog



A dita “mídia” é chamada de partido por boas razões. Uma delas é a de que tem militância exatamente como um partido. Centenas de pessoas defendem ferozmente as ações de Globo, Folha de São Paulo, Veja e Estado de São Paulo contra o Partido dos Trabalhadores e o governo federal.

Essas pessoas se escondem sob o anonimato e chegam ao ponto de fazer ameaças de assassinato ou de tortura contra quem se mostre simpatizante do PT e do governo, sobretudo se for blogueiro. Quando menos, promovem campanhas anônimas de difamação, atacam família etc.

Mas, ontem, a atuação da mídia como partido político chegou ao impensável. O jornal O Globo, em sua campanha incansável, interminável e eterna contra Lula, lançou mão de um recurso que só militâncias de partidos usam.

Tuitaço é o envio de múltiplas mensagens pela rede social Twitter para fazer “subir” frases sobre algum assunto ao que se convencionou chamar de Trending Topics, o ranking dos dez assuntos mais comentados no Brasil ou no mundo.

A revista Veja tem sido alvo de tuitaços de militantes petistas e de outros partidos de esquerda. E não é que O Globo, como prova de que é um partido político disfarçado de jornal, decidiu instigar tuiteiros militantes do PIG a promoverem uma campanha contra o ex-presidente Lula?

A imagem acima mostra que o perfil de O Globo no Twitter foi responsável pela “subida” da frase “Lula mente” ao topo dos Trending Topics.

O Globo tem mais de 500 mil “seguidores” no Twitter. Como as campanhas de militantes de oposição ao governo Lula – ou militantes da mídia – para levar frases aos Trending Topics vinham fracassando, o perfil do jornal naquela rede social resolveu dar uma ajudinha veiculando hashtag contra Lula para suas centenas de milhares de seguidores

Assim, O Globo conseguiu colocar no primeiro lugar dos Trending Topics aquela frase. Mas foi só por alguns minutos.

O que o Globo não sabia é que seguir o seu perfil no Twitter não significa apoiar o que faz. Este blogueiro mesmo “segue” o perfil @JornalOGlobo e nem por isso compartilha suas posições políticas. Muito pelo contrário.

Quando descobri que o Globo é que estava por trás da “subida” de #LulaMente ao topo dos Trending Topics, entrei no tuitaço de reação. Rapidamente, em questão de minutos, os simpatizantes de Lula e do PT desbancaram a hashtag #LulaMente, substituindo-a por #BrasilComLula, que permaneceu por mais de uma hora nos Trending Topics.

Então, leitor, se faltava algo para a grande imprensa brasileira comprovar que se converteu em partido político, não falta mais. O segundo (?) maior jornal do país lançou mão do recurso mais banal da política contemporânea para um grupo político atacar outro. O que será que o TSE acha disso?

Fonte: Blog da Cidadania
Profº Cleber de Oliveira

2º encontro da Unegro em Americana - Dia 26 de Maio


Com certeza foi um encontro muito proveitoso para os participantes e com muitas ideias novas!

Parabéns a todos que participaram e organizaram!

Segundo encontro da Unegro interior 13 cidades presentes representadas no nosso encontro!


Dafne Melo: escracho, um instrumento de luta

Nascidos na Argentina na década de 1990 para denunciar os agentes da ditadura civil-militar responsável por um saldo de 30 mil mortos e desaparecidos no período, os escrachos criaram condenação social e abriram caminho para a abertura dos processos judiciais contra militares e civis envolvidos na repressão.

Por Dafne Melo


Ação da Frente de Escracho Popular, no dia 7 de abril em São Paulo, denuncia o legista Harry Shibata, que assinava laudos falsos para encobrir torturas/ Foto: Igor Ojeda

Na manhã de 25 de março de 2006, quem passava pela Avenida Cabildo, número 639, no bairro portenho de Belgrano, via a parte externa de um prédio residencial, precisamente na altura do sexto andar, manchado de tinta vermelha, além de placas e pichações na rua. “Aqui vive um genocida”, diziam algumas das mensagens. Nesse endereço vivia Jorge Rafael Videla, um dos líderes da Junta Militar que tomou o poder por meio de um golpe de Estado em 24 de março de 1976.

Quem tivesse passado no dia anterior teria visto 15 mil pessoas em uma manifestação diante da casa do repressor, na ocasião em prisão domiciliar (hoje cumpre a pena em um presídio). Tratava-se de um escracho, como ficou conhecido na Argentina e no Uruguai um determinado tipo de mobilização em que se evidencia publicamente um fato condenável em relação a uma pessoa ou lugar.

As semelhanças com os atos realizados por jovens brasileiros nos meses de março e abril não são meras coincidências. No comunicado da organização Levante Popular da Juventude, que organizou seis escrachos a repressores brasileiros em seis cidades simultaneamente, no dia 26 de março, é feita referência à experiência do país vizinho e à chilena, onde esse tipo de mobilização recebe o nome de “funa”.

Há consenso, porém, que o escracho nasceu na Argentina. “É uma ferramenta de luta que criamos em determinado período de nossa história”, conta Julio Avicento, da Hijos (sigla em espanhol para Filhos e Filhas pela Identidade, Justiça e contra o Esquecimento e o Silêncio, que forma a palavra “filhos”), da cidade de La Plata, organização à qual se atribui a criação do escracho.

O período a que se refere Avicento é a década de 1990, quando vigoravam as chamadas “leis de impunidade”. Após o fim da ditadura civil-militar, em um contexto de denúncias feitas pelas organizações de direitos humanos, crise econômica e desmoralização em razão da derrota na Guerra das Malvinas, os integrantes das juntas militares que chefiaram o país entre 1976 e 1983 foram julgados, em 1985. O resultado foi a condenação de Videla e Emilio Eduardo Massera à prisão perpétua, e de outros três chefes da Junta a penas menores. Outros quatro foram absolvidos.

Nova geração e impunidade

A Argentina era então governada por Raúl Alfonsín, que depois do Julgamento às Juntas sancionou duas leis: Ponto Final e Obediência Devida. Juntas, concediam anistia a todos os outros militares e policiais com a justificativa de que haviam cumprido ordens de seus superiores. Portanto, estes já haviam sido julgados e o assunto estava encerrado. Para completar, em 1990 o então presidente Carlos Menem concedeu um indulto aos condenados, colocando em liberdade os chefes militares.

Para Julio Avicento, nesse momento houve um ponto de inflexão em que essas leis passaram a ser questionadas pelas quatro gerações de lutadores: as mães, pioneiras na luta contra a impunidade; as avós, que questionavam o paradeiro de seus netos (a ditadura civil-militar argentina roubou cerca de 500 filhos de desaparecidos); a própria geração dos desaparecidos, representada pelos sobreviventes; e os filhos, que nessa época estavam entre a adolescência e a vida adulta.

Em um contexto de impunidade total, no qual era impossível avançar judicialmente, a organização Hijos passou a sugerir a possibilidade de um avanço em outro tipo de condenação. “O caminho era a condenação social, já que não se podia contar com a Justiça, cúmplice do genocídio. Quanto mais a sociedade condena, mais fácil é romper a impunidade, inclusive judicialmente”, resume Agustín Cetrangolo, também militante da Hijos, na capital Buenos Aires. De fato, foi o que ocorreu no país. Em 2003, Néstor Kirchner derrubou as leis, o que permitiu o início do julgamento judicial de vários repressores. “Quase todos os processados ou julgados foram escrachados antes”, conta Cetrangolo.

Julio Avicento revela que diversas organizações participavam do escracho, não apenas a Hijos. “Usávamos as chamadas ‘mesas de escrachos’, nas quais participavam distintas organizações; havia muitas tarefas para dividir e muito a aprender durante o caminho”, lembra. O militante explica que um trabalho prévio ao escracho era feito, não só de investigação para comprovar a participação do repressor, mas também com os vizinhos. “Passávamos casa por casa conversando, explicávamos que íamos fazer uma atividade, entregávamos um texto explicando o porquê”, explica. A chamada “mesa de escracho” era geralmente feita em um centro cultural ou na sede de alguma organização, que cedia o espaço. Os militantes faziam então um diálogo com o bairro e com as organizações a partir do eixo da denúncia aos repressores.

A lógica não era necessariamente gerar a surpresa e um incômodo no repressor no momento do escracho, mas instalar um desconforto permanente por meio do trabalho com os vizinhos. “Queríamos que as pessoas se recusassem a entrar no elevador com eles, que o padeiro do bairro se recusasse a vender pão. Dizíamos: se não vai para a cadeia, que sua casa seja uma cadeia. Que na rua sejam repudiados pela sociedade.”

Filhos da luta

As organizações que aderiam ao escracho a um genocida (na Argentina, alguns juízes afirmam que os crimes de lesa-humanidade cometidos na ditadura se deram dentro de um plano sistemático de extermínio, que pode ser classificado como genocídio) não eram apenas formadas por familiares. A Hijos, por exemplo, é aberta à participação de toda a sociedade. Explica Avicento: “Não sou filho de desaparecido, mas há quatorze anos milito no âmbito dos direitos humanos, conheci muitos companheiros [filhos e parentes] e me envolvi. O rico dessa luta é que toda a sociedade pode se envolver”. Não somente pode, como deve. “Toda a sociedade foi vítima do terrorismo de Estado, todos sofreram com o terror e o medo”, completa.

Agustín Cetrangolo é filho de Sergio Cetrangolo, desaparecido em 1978. A mãe, também presa e torturada, é da geração de sobreviventes. “Não entendemos que a reparação é apenas com os familiares, mas deve-se reparar toda uma sociedade”, defende. “Na Hijos dizemos que todos somos filhos da mesma história. Seria um erro dizer que o genocídio pretendeu apenas exterminar as organizações políticas e seus militantes. A violência do genocídio extrapola isso. Se entendemos que toda a sociedade foi vítima desse terrorismo de Estado, por que não podemos organizar qualquer setor para lutar contra isso?”, completa.

Para Julio Avicento, quem usa o argumento de que os jovens de hoje não “têm nada a ver” com a repressão “esconde na verdade uma posição que procura manter a impunidade em relação aos repressores”. Os militantes também lembram que o aparato repressivo da ditadura persiste até hoje, com os casos de assassinatos de jovens pela polícia ou a perseguição e espionagem dos movimentos sociais. Também por isso os escrachos continuam sendo usados. “O escracho transcendeu a Hijos, para além do que entendíamos como escracho. Em 2001, por exemplo, escrachou-se tudo, bancos, McDonald’s”, recorda Cetrangolo.

*Dafne Melo é jornalista e historiadora
Fonte: Le Monde Diplomatique Brasil

RISCO DE DEPRESSÃO É MAIOR NA 3ª IDADE

Pessoas com mais de 60 anos têm mais chance de sofrer de depressão, que pode estar acompanhada de outros problemas físicos, mas novos tratamentos vêm registrando bons resultados e devolvendo a qualidade de vida aos idosos. O tema será debatido durante o Seminário Apsen, que faz parte da programação do 18º Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia – Envelhecimento: oportunidades, desafios e conquistas, que acontece até 25 de maio, no Rio de Janeiro.


Pintor brasileiro faz greve de fome após ser deportado da Espanha

Após ser sido detido por 30 horas no Aeroporto de Madri e ser deportado sem qualquer justificativa, o artista plástico Menelaw Sete entrou em greve de fome como forma de protesto contra o tratamento oferecido pela Espanha a imigrantes brasileiros. Entre os últimos dias 17 e 18 de maio, quando permaneceu preso em Madri, produziu ainda 40 desenhos nos quais critica a atuação dos oficiais alfandegários do país.
Menelaw Sete diante de uma das telas pintadas em protesto contr a deportação/ Foto: Acervo pessoal   

 Ao pousar na Bahia, sua terra natal, recorreu imediatamente ao Consulado da Espanha em Salvador e pediu ao cônsul Jacobo González-Arnao Campos que a instância diplomática reunisse os meios de comunicação e fizesse uma retratação pública sobre o caso. Sem resposta, ele manteve sua greve de fome e passou mal na madrugada desta quarta-feira (23). Após desmaiar, foi internado logo pela manhã diagnosticado com pressão alta. Segundo a médica que o atendeu, o mal-estar foi certamente causado pelo jejum e por um quadro de ansiedade.

Ele conversou com a imprensa local e revelou que "estava há 18 horas sem comer, isso após outras 18 horas dentro de avião e 30 horas no aeroporto". "Foi uma jornada muito dura, e entrei em um desgaste", explica.

Um dia antes de sua deportação, era o ministro de Relações Exteriores e Cooperação da Espanha, José Manuel García-Margallo, que voava para Madri após visitar o Brasil e se reunir com o chanceler Antonio Patriota. Na ocasião, se comprometia com o Itamaraty a “trabalhar para que essas dificuldades sejam resolvidas de forma imediata”.

Menelaw viajava para Milão, na Itália, onde participaria de uma exposição de suas obras. Em entrevista ao jornal El País, conta que viaja “há 15 anos pela Europa com a mesma documentação” e que “tinha um convite para o evento”. Mais além, revelou que “não conseguiu falar com o Consulado brasileiro” e que, no espaço de detenção, “só havia negros, mexicanos e brasileiros”.

O artista também conversou com o jornal O Globo e explicou que se sentiu obrigado a aderir à causa “porque os brasileiros estão sendo tratados de forma humilhante na Espanha”. “Minha indignação não é tão pessoal, mas sim pela forma que tratam as pessoas”, conclui.

Questionado sobre as condições em que foi mantido, revelou que não teve nem mesmo permissão para tomar banho durante as 30 horas que permaneceu detido. “A comida é horrível e só podemos beber água durante as refeições. Havia homens, mulheres e crianças. Estavam todos desesperados”, conta.

Ele garante que os 40 quadros que pintou durante sua detenção serão apresentados em sua próxima exposição, pois será uma forma de de mostrar como entrar hoje na Península Ibérica tornou-se uma “questão de sorte”.

Fonte: Ópera Mundi
Profº Cleber de Oliveira

Estudantes e professores defendem Comissão da Verdade da USP

Professores e estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) participaram de um ato hoje (24), no campus do Largo São Francisco, centro de São Paulo, para coletar assinaturas para a criação de uma comissão da verdade dentro da instituição.

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Luís Fernandes: Obras essenciais para a Copa estão no prazo

Todas as obras essenciais para a Copa do Mundo de 2014 ficarão prontas a tempo. A garantia é de Luís Fernandes, secretário executivo do Ministério do Esporte e representante do governo federal no Comitê Organizador Local (COL).


“São 101 obras, algumas podem estar um pouco mais adiantadas, outras um pouco mais atrasadas, mas o balanço evidencia que nós estamos dentro do cronograma”, disse.

O secretário discordou da avaliação feita pela imprensa sobre o balanço feito pelo governo sobre o cronograma das obras. “A imprensa, de uma maneira geral, criticou o balanço dizendo que apenas 5% das obras da Matriz de Responsabilidade para a Copa do Mundo estão prontas. Eu não concordo com essa colocação, porque o que o balanço revela é que as obras estão seguindo de acordo com o cronograma esperado. Eu diria que, dois anos antes do evento, 5% das obras já estão prontas porque, na verdade, são obras que no cronograma estão previstas para ficarem prontas somente ao final do primeiro semestre de 2012”, ressaltou.

“Então, o balanço que nós fazemos é de clara evolução na preparação da Copa do Mundo. A nossa avaliação não só é de confiança, mas também de tranquilidade de que todas as obras essenciais necessárias para Copa do Mundo estarão prontas a tempo”, completou.

Fernandes admitiu a existência de uma certa preocupação por parte do governo federal em relação a algumas obras de mobilidade urbana que serão examinadas mais detidamente no próximo balanço previsto para ser divulgado em outubro.

“Mas o que nós registramos em todas as dimensões é uma clara evolução no progresso das obras em relação ao balanço anterior divulgado em setembro do ano passado. Repito: as obras essenciais estarão todas prontas no tempo certo, tanto no que diz respeito à Copa das Confederações como também para a Copa do Mundo”.

O secretário disse ainda que, no próximo balanço, o governo ampliará o levantamento com a inclusão de obras de infraestrutura de serviços. “Nós estamos agora entrando na etapa de inclusão na matriz das obras que nós chamamos de 'segundo ciclo' - que são infraestruturas de serviços: telecomunicações, que já estão inseridas. E, em seguida, serão inseridas também as obras referentes as áreas de segurança, saúde e energia”.

Fernandes participou de um almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), onde representou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Fonte: Agência Brasil

Seleção cubana de futebol faz preparativos no Brasil

Seleção cubana faz preparativos no Brasil
Para os corinthianos, o assunto desta quinta-feira (24) é a vitória do time alvinegro sobre o Vasco, que garantiu a vaga da equipe na semifinal da Copa Libertadores da América. Nesta quarta, no entanto, outro jogo chamou a atenção de quem acompanha o Timão.

Em amistoso, no interior de São Paulo, o time sub-20 do Corinthians empatou em 1 a 1 com a seleção de Cuba, que escolheu o país para se preparar para as Eliminatórias da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).

O jogo foi realizado em Porto Feliz, cidade no interior do Estado de São Paulo, e é o primeiro de quatro amistosos que a seleção cubana de futebol fará no Brasil. Nesta sexta, às 19h30, o time volta a campo contra o São Bento, em Sorocaba.

Na segunda (28), o adversário será o Mogi Mirim e no dia 1º de junho, os cubanos encaram o Paulista de Jundiaí. Os amistosos visam preparar a equipe para enfrentar as eliminatórias da Concacaf que garantem três vagas diretas à Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

O gol corinthiano na partida desta quarta foi marcado logo no início do primeiro tempo com Paulinho. Cuba ainda desperdiçou um pênalti com Marcel Hernández, mas conseguiu empatar o jogo com Ariel Martinez, na segunda etapa da partida.

Atualmente, Cuba está no grupo C na terceira fase das eliminatórias. O primeiro compromisso será no dia 8 de junho, contra o Canadá. Completam a chave cubana, Panamá e Honduras. O país, que tem tradição nos esportes olímpicos, só esteve uma vez na Copa do Mundo. Foi em 1938, na França, na segunda edição do torneio, como convidada. 

"Nosso principal objetivo nesta turnê é verificar os níveis de preparação em todos os aspectos técnico e tático e buscar possíeis variações de jogo. Precisamos confirmar o time titular antes dos jogos com o Canadá e Panamá", afirmou o técnico cubano, Alexander González, em entrevista ao Cubadebate.

Fonte: Opera Mundi
Prof º Cleber de Oliveira

Marcha da maconha ocupa a Avenida Paulista pela legalização

Depois de cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, neste sábado (19) é a vez de São Paulo sediar a Marcha da Maconha 2012, no vão do  Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central. A manifestação pede a legalização da droga; no final do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu sobre a legalidade desse tipo de manifestação.


A concentração para a marcha em São Paulo começa às 13h, com saída prevista para as 16h20. Além da capital paulista, a marcha acontece hoje também nas cidades de Curitiba (PR), Manaus (AM), Petrópolis (RJ) e Salvador (BA).

Com o lema “Basta de guerra: por outra política de drogas", a marcha paulistana espera que este ano o número de participantes supere os 5.000 do ano passado. Além da Paulista, a manifestação deve percorrer as ruas Augusta, Dona Antônia Queiroz e Consolação, até chegar à avenida Ipiranga e terminar na Praça da República.

“Tivemos financiamento de R$ 15.760 de adeptos da ideia e queremos fazer uma marcha bem bonita e pacífica. E como a decisão do STF já vem sendo difundida desde 2011, esperamos que de fato venha mais gente que no ano passado”, afirmou Rodrigo Vinagre, um dos organizadores do movimento.

Segundo Vinagre, os participantes têm sido orientados, via redes sociais, a não consumirem droga durante o ato. “Fizemos uma comissão de segurança para prestar essas orientações. Também pedimos e vamos pedir de novo que os participantes não provoquem policiais, guardas civis nem reajam a provocações de agitadores contrários à marcha”.

O coordenador disse também que órgãos como Polícia Militar e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) foram notificados sobre a marcha, que, amanhã, acontece também nas cidades de Aracaju (SE), Atibaia, Jundiaí (SP), Natal (RN) e Recife (PE). Entre maio e junho, a marcha deverá ser realizada em 37 cidades brasileiras.

Fonte: UOL
Profº Cleber de Oliveira

DF: exposição marca Dia Nacional de Combate ao Abuso de menores

Com o objetivo de marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado nesta sexta-feira (18), foi aberta uma exposição no Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, que exibe cartazes sobre o tema feitos por cerca de 50 crianças de 17 centros de Orientação Socioeducativos. 


O objetivo da mostra é chamar a atenção da população para alertar sobre o problema da violência sexual. A exposição foi segue aberta até 25 de maio, das 9h às 20h.

A iniciativa da exposição partiu da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do Distrito Federal (Sedest) , em parceria com a Secretaria de Cultura, que incentivou a criação dos cartazes durante as aulas de artes nos centros. Segundo o secretário da Sedest, Daniel Seidel, os centros socioeducativos trabalham para que crianças e adolescentes sejam orientados sobre seus direitos.

"Há uma estipulação de trabalhos dos mais variados nas agendas pedagógicas desses centros. A ideia é que a cultura da cidadania comece a tomar espaço nos lugares onde são apresentadas obras de arte, dando maior visibilidade ao tema em Brasília. No futuro, essas crianças serão agentes contra a exploração sexual. O trabalho da educação é muito válido, pois é para a vida inteira", disse Seidel.

De acordo coordenadora do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Bernardo Sayão, Thelma Melo, os centros são importantes para que as crianças e adolescentes, sexualmente abusados ou não, sejam acolhidos e recebam orientações sobre como proceder diante do problema.

"Muitas delas têm vergonha de admitir que foram abusadas por alguém. Então, a gente trabalha na prevenção para que essas crianças possam lutar e denunciar os agressores. A ideia de reunir os cartazes em uma exposição veio para apresentar como as crianças estão recebendo essa temática da exploração", disse Thelma.

Para frequentar os centros de convivência, as crianças e adolescentes, de 5 a 15 anos, são inscritos no Centro de Referência da Assistência Social (Cras). A coordenadora explica que os trabalhos são feitos em contra-turno escolar, com uma série de atividades programadas, como redação, educação física, aulas de arte e informática. As crianças não têm tempo estabelecido para permanecer nos centros, variando de acordo com a necessidade da família.

Thelma explica que o início dos trabalhos com as crianças sexualmente exploradas muitas vezes não é fácil. "Muitas delas têm vergonha de relatar o problema. Quando elas chegam até nós é realizado uma série de atividades para que ela interaja com as outras, para que no futuro, sejam agentes contra esses abusos".

Guilherme dos Santos, 10, estava empolgado com a exposição. Em seu cartaz, ele se inspirou nas orientações que recebeu no centro de convivência. Mesmo com a pouco idade, o garoto está consciente sobre os problemas de exploração contra crianças. "Eu escrevi que a gente não deve ficar calado, pois no centro aprendemos que abuso sexual é crime".

Ana Vitória da Silva, 12, decidiu participar da exposição quando um professor perguntou quem estava interessado em desenhar um cartaz sobre o tema. Ela também se inspirou nas orientações que recebeu no centro de convivência. "Estou gostando muito de participar para que outras pessoas se conscientizem sobre esse problema. Se alguém sofre esse tipo de violência, ele precisa procurar ajuda, ligar e denunciar o que aconteceu", disse Ana Vitória.

Amanda Pablino, 12, criou seu cartaz por achar que é importante que as pessoas saibam como se defender. "No meu cartaz, eu desenhei uma menina que estava voltando para casa e um homem desconhecido a chamou para ir até a casa dele. Depois, ela disse que tinha esquecido alguma coisa e correu para denunciar".

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído por lei federal, quando a menina Araceli, de apenas 8 anos, no dia 18 de maio de 1973 foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta de Vitória (ES). O assassinato foi prescrito e, com isso, os criminosos não foram penalizados.

Fonte: Agência Brasil

Profº Cleber de Oliveira

Operação Condor: documentos detalham ações de ditaduras


As ações da Operação Condor: repressão no Cone Sul 


Documento da Polícia Federal argentina fornece detalhes sobre a coordenação das forças repressivas argentinas, chilenas e uruguaias, e suas ações contra seus opositores. O documento foi apresentado por dirigentes políticos e sindicais uruguaios, sobreviventes do centro de detenção clandestino “Orletti”, ao juiz Norberto Oyarbide, que julga a causa que investiga crimes contra cidadãos uruguaios, chilenos e de outros países, cometidos no marco da operação Condor.

Por Francisco Luque 

Novos antecedentes sobre os tentáculos da operação Condor vieram à luz. Um documento secreto da Polícia Federal Argentina sobre a coordenação das forças repressivas argentinas, chilenas e uruguaias, e suas ações contra a oposição política às ditaduras, foi divulgado ontem pela imprensa argentina.

O relatório assinado pelo Chefe do Departamento de Assuntos Estrangeiros da Polícia Federal durante a ditadura, comissário-inspetor Alberto Baldomero Obregón, explica como “sua tropa” neutralizou satisfatoriamente as ações de “organizações delitivas do tipo subversivo, nacionais e internacionais, que estavam na Argentina”, e pede para seus homens “uma recompensa por sua missão”.

O documento foi apresentado por dirigentes políticos e sindicais uruguaios, sobreviventes do centro de detenção clandestino “Orletti”, ao juiz Norberto Oyarbide, que julga a causa que investiga 160 crimes contra cidadãos uruguaios, chilenos e de outros países limites, cometidos na Argentina no marco da operação Condor, coordenada pelas ditaduras militares do Cone Sul nos anos 70 e 80. Junto com a apresentação, os denunciantes pedem que se indague aos 44 ex-policiais argentinos, cuja lista consta no documento, sobre sua participação nestes crimes.

O pedido de esclarecimento foi apresentado pelo cidadão uruguaio Sergio López Burgos, junto com os dirigentes sindicais Edgardo Oyenart, Fernando Pereira e Lille Caruso, da Comissão da Memória do Uruguai, e o político comunista Juan Castillo.

Este documento secreto é uma descrição rica em dados dos objetivos perseguidos pelo Departamento de Assuntos Estrangeiros da Polícia Federal argentina, esclarece o jornal Tiempo Argentino. Nele, o delegado Obregón destaca as ações realizadas contra seis organizações chilenas e uruguaias: o Partido Radical Revolucionário Chileno, o Partido Operário Trotskista, o Movimento de Esquerda Revolucionário (MIR) e o Setembro Vermelho, todos chilenos, e a Organização Popular Revolucionária 33 Orientales, do Uruguai.

O documento afirma que, depois da detenção, no começo de 1975, do responsável pelo Partido Radical Revolucionário Chileno no exílio, Javier Huenchullán Sagristá, “se conseguiu desarticular a cúpula” desta organização ao deter dez integrantes da direção. O relatório continua explicando que, depois de “interrogar” detidos, souberam que a Coordenação Chilena montaria um centro de documentação para “brindar apoio técnico (falsificação de documentos) à integrantes de organizações subversivas chilenas”. A partir disso, se conseguiu deter cinco pessoas que iam dar forma a esse centro de documentação.

Também destaca a perseguição ao Partido Operário Trotskista do Chile, e como se conseguiu descobrir “o funcionamento da frente fabril” dessa organização.

Sobre o Movimento de Esquerda Revolucionário chileno (MIR), Obregón afirma que foi realizada uma ação repressiva conjunta com a ditadura de Pinochet. “Conseguimos detectar a forma de comunicação entre os responsáveis do MIR Exterior e MIR Interior, pondo de sobreaviso o governo chileno. De comum acordo com as autoridades chilenas, se estabelece não interromper várias relações, a fim de reunir maior informação e identificar os integrantes da cúpula do MIR. Após um ano e meio de investigação, por fim, no mês de abril, começam a realizar procedimentos simultâneos em ambos os países, tendo como resultado, na Argentina, a queda do homem importante do MIR, depois da morte de Miguel Enríquez no Chile, caindo também seus principais colaboradores.” Obregón explica também que com a detenção do jornalista chileno, do jornal Cronista, Ernesto Carmona Ulloa, apontado como o “responsável pelo MIR na Venezuela”, se conseguiu detectar “a primeira célula do MIR na Argentina”.

Obregón afirma que por intermédio do intercambio de informação com a Direção de Inteligência Nacional do Chile – DINA, a polícia secreta de Pinochet -, “se chegou à conclusão de que 95% dos elementos ativistas do MIR na Argentina se encontram detidos ou desaparecidos”.

O documento também descreve a Organização Popular Revolucionária 33 Orientales, vinculada à Federação Anarquista Uruguaia (FAU) e ao Partido pela Vitória do Povo (PVP). “Em junho do corrente ano (1976), após pacientes investigações, se alcança a detenção de dois integrantes da direção central e o desmantelamento total dos setores Operário e Popular, Agitação e Propaganda, e parte da Frente Interna ou Política”, detalhou Obregón. E agregou: “Como consequência deste golpe, caiu toda a organização que se mantinha no Uruguai, com a detenção de 76 integrantes do mencionado movimento, dos quais 34 foram detidos pelo pessoal da Direção de Assuntos Estrangeiros.


Fonte: Carta Maior; tradução: Libório Junior
Profº Cleber de Oliveira

Escritor mexicano Carlos Fuentes morre aos 83 anos



Um dos mais importantes nomes da literatura da América Latina, o escritor mexicano Carlos Fuentes morreu aos 83 anos, no Hospital Ángeles de Pedregal, na Cidade do México, onde estava internado.  Segundo parentes, o escritor sofria de problemas cardíacos.

Fuentes era crítico da política conservadora e opositor contundente de Bush
Além de romancista, ele foi novelista, ensaísta e diplomata. Filho de diplomatas mexicanos, Carlos Fuentes nasceu na Cidade do Panamá, em 1928, chegou a morar no Rio de Janeiro, mas vivia no México desde a adolescência. Escreveu mais de 20 romances, entre eles A morte de Artemio Cruz e Gringo Velho, com edições traduzidas para o português. Recebeu vários prêmios em sua longa carreira. Entre os mais significativos estão o Miguel de Cervantes (1987) e o Príncipe de Astúrias (1994).

Além das obras de ficção, também ficou conhecido pelos ensaios sobre política e cultura. Fuentes fez parte de um movimento literário formado no século passado por autores que criticavam as estruturas políticas arcaicas da América Latina.

O escritor era conhecido por seu olhar crítico sobre a sociedade mexicana contemporânea e a política conservadora do ex-presidente americano George W. Bush. Seus artigos sobre o tema foram compilados em 2004 no livro "Contra Bush". Outras obras que se destacaram foram "Aura" (1962), "Terra nostra" (1975) e "Gringo velho" (1985).

Com agências
Profº Cleber de Oliveira



Frente em defesa do povo Palestino


Vamos nos reunir para lembrar a NAKBA, a catástrofe de um povo que teve o país roubado e celebrar a força da resistência palestina ao longo de mais de 60 anos, com a certeza da vitória, custe o que custar. Junte-se a nós!


nakba


Bom dia a tod@s!

A carta a Israel foi enviada por e-mail. Seguiu também para vários representantes de países, sediados em Genebra, e para o secretário-geral da ONU.

Notícia: hoje pela manhã ativistas fecharam a sede da ONU em Ramala, em protesto contra a inação do órgão em relação aos presos políticos palestinos. Juntaram-se a eles dezenas de familiares de prisioneiros. Estão todos lá, desde as 7 da manhã. 

Em Genebra e em Amã populares uniram-se ao protesto e foram para a frente das respectivas sedes da ONU. A foto "Murderes" foi tirada em Amã.

Acompanhe pelo Twitter: #UNCLOSED.

Trabalhadores do transporte fazem greve em cinco capitais

A greve dos trabalhadores do transporte público parou cinco capitais do País nesta terça-feira (15) - Natal (RN), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), Recife (PE) e João Pessoa (PB). Em Natal, os trabalhadores do sistema ferroviário também aderiram ao movimento. Eles aderiram ao movimento nacional que reivindica reajuste salarial de acordo com o índice do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Greve no transporte público para cinco capitais do País
Em Natal, os trabalhadores do sistema ferroviário também aderiram ao movimento. 


Os trabalhadores de transporte coletivo reivindicam ainda plano de saúde integral; participação nos lucros e resultados e adicional noturno de 50%.

Segundo Marcos Costa Viana, da direção do pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Rio Grande do Norte (Sintefern), a greve dos ferroviários no Rio Grande do Norte segue uma mobilização nacional. “Belo Horizonte e Recife já estão com indicativo de greve para a próxima segunda-feira. Iniciamos o processo no mês passado, onde houve três rodadas de negociações, sendo a primeira em Natal, a segunda em Belo Horizonte e a terceira em Recife. Nossa pauta de reivindicação consta de 132 cláusulas, sendo que as econômicas requerem o índice que foi negado e quanto às sociais, querem manter o acordo do ano passado, mas sem avanços”.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Natal funcionam com 30% da capacidade nos horários de maior movimento. A redução no serviço será mantida por tempo indeterminado, avisa o dirigente sindical.

“Há uma grande intransigência da empresa em não querer negociar nem o mínimo da perda da inflação. Também temos dificuldades nas condições de trabalho e os maquinistas e funcionários de operações em geral são os mais sacrificados com horários e escalas deficientes. O objetivo não é prejudicar os usuários, mas não temos diálogo e nos oferecem reposição salarial zero”, disse Ismael do Vale Borges, presidente interino do Sintefern.

O maquinista Pedro Gonzaga, que trabalha há 35 anos como ferroviário, sendo 28 deles como maquinista, contou que as dificuldades de negociação são frequentes. “Todo a ano a empresa não aceita nossas reivindicações e até quer tirar alguma conquistas. Desde 91 estamos lutando por melhorias. Vamos partir para o enfrentamento”.

Esquema especial

A situação é a mesma em Recife, onde foi montado um esquema especial. Os trens circulam das 5h às 8h30min e das 16h às 20h. No final de semana o horário ainda não foi definido. "Houve reclamação e com razão. É um serviço essencial e a gente entende. Mas infelizmente o governo nos empurrou para isso com a proposta de reajuste 0% para a categoria", analisou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Metroviárias e Conexos do Estado de Pernambuco (Sindmetro), Lenival José de Oliveira.

Em João Pessoa, dos 28 trens, apenas oito estão em atividade desde esta terça-feira. O serviço funciona nos horários de pico e fica totalmente parado das 10h às 16h.

A escala mínima também está sendo praticada em Maceió, que conta com 140 funcionários para atender cerca de 10 mil usuários por dia. As operações estão sendo feitas no início da manhã, da tarde e da noite.

A greve dos trabalhadores da CBTU começou na segunda-feira, em Belo Horizonte, com 100% de adesão. Depois de acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os metroviários, que atendem diariamente cerca de 215 usuários, voltaram a trabalhar em escala mínima na manhã desta terça. Os funcionários acataram a proposta que determina o "funcionamento normal de todos os trens no horário das 5h20 às 08h30 e das 17h às 19h30 de segunda a sexta-feira, e das 5h30 às 9h aos sábados".

De Brasília
Com agências

Ministra: país não pode esperar para tirar crianças da miséria


A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, rebateu nesta terça (15) as críticas de que o programa Brasil Carinhoso tenha caráter eleitoreiro. O governo federal lançou o conjunto de ações com o objetivo de tirar da miséria crianças até 6 anos cuja renda familiar per capita seja inferior a R$ 70.

“O Brasil tem eleição a cada dois anos. O país não pode parar, tem que continuar, e é isso que estamos fazendo, tirando as crianças da extrema pobreza”, disse. “A pergunta deve ser o contrário: a gente deveria esperar o ano que vem, somente porque não é ano eleitoral?”, completou.

Após participar de entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Tereza lembrou que as famílias com crianças de até 6 anos já cadastradas no Bolsa Família serão beneficiadas automaticamente pelo novo programa e, portanto, não precisarão procurar as prefeituras.

“As pessoas já têm o cartão, não precisam ir a lugar algum para receber esse novo benefício, que é automático. Para o Nordeste, em especial, é muito importante conceder esse aumento agora, porque o Nordeste passa por uma das piores secas dos últimos 50 anos. Melhorar a vida dessas famílias neste momento é fundamental.”

Durante o programa, a ministra lembrou que o próprio Bolsa Família, quando foi lançado, em 2003, recebeu críticas. “Ele conseguiu não só aliviar a pobreza como garantir que as crianças passassem a frequentar mais a escola. Conseguimos reduzir a desnutrição, em especial no Semiárido nordestino. Está comprovado que o dinheiro que essas famílias recebem vai para a alimentação, para o material escolar e que é um dinheiro bem gasto”, destacou.


Fonte: Agência Brasil

Profº Cleber de Oliveira

Fidel Castro: Os horrores que o Império nos oferece



Um despacho da principal agência de notícias norte-americana, AP, datado de hoje em Monterrey, México, o explica com irrefutável clareza. Não é o primeiro, nem será sem dúvida o último, sobre uma realidade que joga por terra a montanha de mentiras com que os Estados Unidos pretendem justificar o destino inumano que reserva aos povos de Nossa América.

Por Fidel Castro

Que narra o despacho?

“Monterrey, México (AP) Quarenta e nove cadáveres decapitados e mutilados foram encontrados em um charco de sangue abandonados em uma estrada que liga o norte da metrópole mexicana de Monterrey com a fronteira dos Estados Unidos, no que parece ser o golpe mais recente de uma escalada da guerra de intimidação entre bandos de narcotraficantes.

“Os cadáveres de 43 homens e 6 mulheres foram encontrados às 4 horas da manhã do domingo, nas proximidades do povoado de San Juan, em uma estrada que não cobra pedágio e que conduz à cidade fronteriça de Reynosa. No arco de pedra que recebe os visitantes ao povoado alguém escreveu com aerosol a legenda ‘100% Zeta’.”

“O porta-voz de segurança do governo do estado nortista de Nuevo León, Jorge Domene, disse em coletiva de imprensa que junto aos corpos em decomposição foi encontrada uma ‘narcomanta’, na qual o grupo dos Zetas se atribuiu a matança.

“Os corpos poderiam estar até 48 horas sem vida, pelo que as autoridades creem que não foram assassinados no lugar. ‘Nenhum tem cabeça e foram mutilados de suas extremidades inferiores e superiores, o que complica a identificação’, disse o funcionário.”

“O procurador do estado, Adrián de la Garza, disse que não existe denúncia de desaparecidos nos últimos días, pelo que poderia tratar-se de gente de outros estados mexicanos ou inclusive imigrantes centro-americanos que buscavam dirigir-se aos Estados Unidos.”

“Os Cartéis mexicanos da droga têm realizado uma guerra cada vez mais sangrenta para controlar as rotas de contrabando, assim como o mercado local de drogas e a extorsão, cujas vítimas incluem os imigrantes que buscam chegar aos Estados Unidos.

“No período que já transcorreu de maio, 18 corpos foram encontrados em uma zona turística próxima de Guadalajara; 23 cadáveres apareceram decapitados ou pendurados em uma ponte na cidade fronteiriça de Novo Laredo, onde a violência entre os Cartéis tem crescido. Este ano apareceram corpos nos estados de Veracruz, Guerrero, Morelos, Jalisco, Tamaulipas y Nuevo León.”

“Afirmou que não existem pistas de que a nova onda de violência tenha relação com as eleições presidenciais que se realizarão em julho. ‘É a dinâmica da guerra entre Cartéis’, disse.”

Por sua parte, o portal de Internet BBC Mundo, informa que:
“As cenas de corpos decapitados e mutilados em Novo Leon, onde 49 corpos foram jogados na estrada este domingo, abalaram a muitos pela extrema barbárie exibida pelos assassinos. Inclusive no México, que depois de cinco anos de intensa guerra entre cartéis parecia ter visto tudo.”

Não poucos países de Nossa América são afetados por estos problemas.
Em nossa Pátria, os problemas que aqui são relatados não existem; será por isso que o império trata de rendê-la pela fome e a hostilidade? Meio século não foi suficiente, e duvido muito que o império disponha de outro meio século antes que, mais cedo do que se pensa, se afunde em sua lama fango.

Fidel Castro Ruz
14 de maio de 2012
16h36

Fonte: Cubadebate
Tradução: José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho
Profº Cleber de Oliveira

Comunistas são destaque em projeto de samba paulista

Projeto de valorização do samba paulista reuniu durante cinco dias artistas representando as diversas manifestações do samba em São Paulo

Rozina Conceição
Comunistas no samba
Da esquerda pra direita: Graça Braga, Dona Inah, Elizeth Rosa, Railídia, Chapinha e Ana Elisa

Graça Braga, Railídia e Elizeth Rosa foram, ao lado de Dona Inah e Ana Elisa, as atrações do último sábado do projeto É Tradição e o Samba Continua, realizado no auditório Simón Bolívar no memorial da América Latina. Além de terem o samba em comum na trajetória, as três primeiras cantoras citadas são filiadas ao PCdoB e integram o coletivo de sambistas de São Paulo. Além das comunistas, o sambista e compositor Chapinha, pré-candidato do PCdoB a vereador pela Capital, também se apresentou e fez a curadoria artística do projeto.

“O pessoal de São Paulo não deve nada a sambista de lugar nenhum. Você não tem ideia da quantidade de gente boa que ficou de fora desse projeto", disse Chapinha que completa, em 2012, 30 anos dedicados à militância no samba em São Paulo. Para Railídia, que é dirigente municipal do PCdoB na Capital, o projeto foi muito feliz na escolha das atrações que revelaram ao público a riqueza artística do samba paulista. 

“Pudemos ouvir sambas compostos pela Graça Braga e pela Ana Elisa. A tradição do Bexiga trazida pela Elizeth Rosa. Eu cantei um samba de Douglas Germano que está, na minha opinião, na vanguarda do samba paulista por sua originalidade e qualidade artística”, contou Railídia. Ela elogiou ainda o samba das comunidades de São Paulo que combina arte, cidadania e preservação cultural. “Os terreiros de São Paulo são um fenômeno brasileiro. Infelizmente ainda é necessário que esse potencial seja absorvido pelas políticas públicas para que se fortaleça essa iniciativa que surgiu do povo”, ressaltou.

É a segunda edição do projeto que aconteceu em 2009 no Centro Cultural Banco do Brasil reunindo, como desta vez, a nata do samba paulista em suas diversas expressões. Quem esteve no Memorial pôde assistir representantes da velha-guarda, como Toinho Melodia e Osvaldinho da Cuíca; prestigiados grupos de samba, como o Quinteto em Branco e Preto; terreiros e rodas de samba, como Samba dá Cultura e Maria Cursi e ainda atrações conhecidas, como Fabiana Cozza, que participou das duas edições, e que recebeu as cantoras Adriana Moreira e Tereza Gama. 

Além de emprestar um trecho do samba “Tradição” para nomear o projeto, Geraldo Filme, ainda criança, se orgulhava do samba de São Paulo: “...somos paulistas e sambamos pra cachorro pra ser sambista não precisa ser do morro", compôs o menino, sambista precoce.

Da redação
Profº Cleber de Oliveira

Maria Rita Kehl: Tortura e sintoma social

Em um livro escrito em 2004 [Ressentimento, São Paulo, Casa do Psicólogo] eu me referi ao ressentimento como um dos sintomas mais representativos da relação ambivalente da sociedade brasileira com os poderes que, em tese, deveriam representar e defender interesses coletivos. 
Por Maria Rita Kehl*, no blog da Boitempo

Fruto dos abusos históricos que aparentemente “perdoamos” sem exigir que opressores e agressores pedissem perdão e reparassem os danos causados, o ressentimento instalou-se na sociedade brasileira como forma de “revolta passiva” (Bourdieu) ou “vingança adiada” (Nietzsche), ao sinalizar uma covarde cumplicidade dos ofendidos e oprimidos com seus ofensores/opressores. 

A mágoa “irreparável” do ressentido indica que ele sabe, mas não quer saber, que aceitou se colocar em uma condição passiva diante dos abusos do mais forte; por covardia, por cálculo (“mais tarde ele há de reconhecer e premiar meu sacrifício”) ou por impotência autoimposta, o ressentido acaba por se revelar cúmplice do agravo que o vitimou.

É importante ressaltar, entretanto, que o ressentimento não abate aqueles que foram derrotados na luta e no enfrentamento com o opressor, e sim os que recuaram sem lutar e perdoaram sem exigir reparação. O expediente corriqueiro – por má-fé ou mal-entendido? – de chamar de “ressentidos” aqueles que não desistiram de lutar por seus direitos e pela reparação das injustiças sofridas não passa de uma forma de desqualificar a luta política em nome de uma paz social imposta de cima para baixo. Nossa tradicional cordialidade, no sentido que Sérgio Buarque de Hollanda tomou emprestado de Ribeiro Couto, obscurece a luta de classes e desvirtua a gravidade dos conflitos desde o período colonial.

*Maria Rita Kehl é psicanlista, autora de diversos livros, como O tempo e o cão (Boitempo, 2009), ganhador do prêmio Jabuti de Melhor Livro do Ano de Não Ficção em 2010. Foi nomeada integrante da Comissão da Verdade.

Profº Cleber de Oliveira

Feliz Dia das Mães


RETRATO DE MÃE

Uma Simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus;

e pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo; que, sendo moça pensa como uma anciã e, sendo velha , age com as forças todas da juventude;

quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças;

pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama, e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos;

forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha, e, fraca, entretanto se alteia com a bravura dos leões;

viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam, e, morta tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.

Não exijam de mim que diga o nome desta mulher se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum: porque eu a vi passar no meu caminho.

Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página: eles lhes cobrirão de beijos a fronte; e dirão que um pobre viandante, em troca da suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria Mãe.

(Tradução de Guilherme de Almeida)

Autor: Don Ramon Angel Jara - Bispo de La Serena -Chile

História do Dia da Mães

As mais antigas celebrações do Dia da Mãe remontam às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimônias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.
Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava no 4º Domingo de Quaresma (40 dias antes da Páscoa) um dia chamado “Domingo da Mãe”, que pretendia homenagear todas as mães inglesas. Neste período, a maior parte da classe baixa inglesa trabalhava longe de casa e vivia com os patrões. No Domingo da Mãe, os servos tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar a casa e passar esse dia com a sua mãe.

À medida que o Cristianismo se espalhou pela Europa passou a homenagear-se a “Igreja Mãe” – a força espiritual que lhes dava vida e os protegia do mal. Ao longo dos tempos a festa da Igreja foi-se confundindo com a celebração do Domingo da Mãe. As pessoas começaram a homenagear tanto as suas mães como a Igreja.

Nos Estados Unidos, a comemoração de um dia dedicado às mães foi sugerida pela primeira vez em 1872 por Julia Ward Howe e algumas apoiantes, que se uniram contra a crueldade da guerra e lutavam, principalmente, por um dia dedicado à paz.

A maioria das fontes é unânime acerca da idéia da criação de um Dia da Mãe. A idéia partiu de Anna Jarvis, que em 1904, quando a sua mãe morreu, chamou a atenção na igreja de Grafton para um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia da Mãe, na igreja de Grafton, reunindo praticamente família e amigos. Nessa ocasião, a sra. Jarvis enviou para a igreja 500 cravos brancos, que deviam ser usados por todos, e que simbolizavam as virtudes da maternidade. Ao longo dos anos enviou mais de 10.000 cravos para a igreja de Grafton – encarnados para as mães ainda vivas e brancos para as já desaparecidas – e que são hoje considerados mundialmente com símbolos de pureza, força e resistência das mães.

Segundo Anna Jarvis seria objetivo deste dia tomarmos novas medidas para um pensamento mais activo sobre as nossas mães. Através de palavras, presentes, atos de afeto e de todas as maneiras possíveis deveríamos proporcionar-lhe prazer e trazer felicidade ao seu coração todos os dias, mantendo sempre na lembrança o Dia da Mãe.

Face à aceitação geral, a sra. Jarvis e os seus apoiantes começaram a escrever a pessoas influentes, como ministros, homens de negócios e políticos com o intuito de estabelecer um Dia da Mãe a nível nacional, o que daria às mães o justo estatuto de suporte da família e da nação.

A campanha foi de tal forma bem sucedida que em 1911 era celebrado em praticamente todos os estados. Em 1914, o Presidente Woodrow Wilson declarou oficialmente e a nível nacional o 2º Domingo de Maio como o Dia da Mãe.

Hoje em dia, muitos de nós celebram o Dia da Mãe com pouco conhecimento de como tudo começou. No entanto, podemos identificar-nos com o respeito, o amor e a honra demonstrados por Anna Jarvis há 96 anos atrás.

Apesar de ter passado quase um século, o amor que foi oficialmente reconhecido em 1907 é o mesmo amor que é celebrado hoje e, à nossa maneira, podemos fazer deste um dia muito especial.

E é o que fazem praticamente todos os países, apesar de cada um escolher diferentes datas ao longo do ano para homenagear aquela que nos põe no mundo.

Em Portugal, até há alguns anos atrás, o dia da mãe era comemorado a 8 de Dezembro, mas atualmente o Dia da Mãe é no 1º Domingo de Maio, em homenagem a Maria, Mãe de Cristo
No Brasil a  introdução desta data se deu no RIO GRANDE DO SUL, em 12 de maio de 1918, por iniciativa de EULA K. LONG, em SÃO PAULO, a primeira comemoração se deu em 1921.

A oficialização se deu por decreto no Governo Provisório de Getúlio Vargas, que em 5 de maio de 1932, assinou o decreto nº 21.366.

Em 1947, a data foi incluída no calendário oficial da Igreja Católica por determinação do Cardeal Arcebispo do Rio, Dom Jaime de Barros Câmara. 
Fonte: Guia dos Curiosos (Marcelo Duarte) - Portugal

Comemoração

Portal VermelhoDebate e coquetel comemorativo dos 10 anos do Portal Vermelho


 



Portal Vermelho completa 10 anos. Uma obra coletiva que se constrói diariamente na luta pela democratização dos meios de comunicação e para proporcionar informação verdadeira e de qualidade. Um veículo da luta de ideias em nome de alternativas políticas de esquerda, patrióticas, anti-imperialistas, democráticas e socialistas.

Venha comemorar o nosso 10º aniversário participando do debate e coquetel comemorativo. Dia 1º de junho, às 19h, com Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, Joaquim Palhares, da Carta Maior, e José Reinaldo Carvalho, do Portal Vermelho, no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, na rua Genebra, 25, em São Paulo.