Ministra defende Rio como Patrimônio Cultural da Humanidade

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, discursará neste sábado (30), na 36ª Reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (36ª WHC), que ocorre em São Petersburgo, Rússia, sobre a candidatura do Rio de Janeiro como Patrimônio Cultural da Humanidade.


Ana de Hollanda discursará em português. Além da ministra, integra a comissão brasileira, que está na reunião para defender a inscrição de mais um bem nacional na lista do Patrimônio Mundial, o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida.

Compõem atualmente o Comitê da Unesco as delegações da Argélia, do Camboja, da Colômbia, Estônia, Etiópia, França, Alemanha, Índia, do Iraque, Japão, da Malásia, do Mali, México, Catar, da Rússia, do Senegal, da Sérvia, África do Sul, Suíça, Tailândia e dos Emirados Árabes Unidos.

A candidatura do Rio de Janeiro está inscrita na categoria Paisagem Cultural e foi entregue em setembro de 2009 à Unesco. Nela, consta um dossiê completo da candidatura, justificando sua importância e seu valor universal que está, principalmente, na soma da beleza natural da cidade com a intervenção humana. Em janeiro do ano passado, o Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, sediado em Paris, decidiu pela inclusão da candidatura do Rio de Janeiro na agenda da 36ª WHC.

Ao justificar a candidatura do Rio, o Iphan lembra que a cidade é reconhecida como uma das cidades mais belas do mundo e encontra na relação entre o homem e a natureza a âncora para a sua candidatura. “Cidade que nasceu e cresceu entre o mar e a montanha, seus principais elementos que a tornaram excepcional e maravilhosa já são, há tempos, mundialmente conhecidos, como o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca, o Aterro do Flamengo, o Jardim Botânico e famosa Praia de Copacabana, além da entrada da Baía de Guanabara. As belezas cariocas incluem o Forte e o Morro do Leme, o Forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a Enseada de Botafogo”, argumenta o Iphan, no documento.

Fonte: Agência Brasil

Festa Literária de Paraty homenagea Carlos Drummond de Andrade


Festa Literária de Paraty faz homenagem ao poeta

Cidadão da provinciana Itabira e poeta modernista, funcionário público e gauche na vida, Carlos Drummond de Andrade terá suas muitas facetas evocadas em Paraty a partir de quarta-feira, quando a Festa Literária Internacional de Paraty se une às comemorações dos 110 anos de nascimento do poeta.


Além dos debates na Tenda dos Autores e do lançamento de mais quatro títulos do projeto de reedição da obra completa de Drummond pela Companhia das Letras (“Antologia poética”, “Sentimento do mundo”, “As impurezas do branco” e “José”), a celebração inclui exposições, volumes de correspondência, a reedição de uma biografia do autor e a apresentação de uma peça inspirada nas cartas que trocou com sua filha, Maria Julieta. 

A Casa da Cultura de Paraty, principal sede da programação paralela da Flip, abrigará a exposição “Faces de Drummond — O poeta e seu avesso”. A mostra, patrocinada pelo jornal O Globo e organizada em parceria com a Associação Casa Azul e a Fundação Roberto Marinho, ocupará o segundo andar do espaço até 10 de dezembro. A mostra apresentará a trajetória do autor aos visitantes por meio de módulos cronológico-temáticos, como “O provinciano cosmopolita” ou “O funcionário gauche”. 

Com expografia do arquiteto Mauro Munhoz, diretor geral da Flip, e cenografia de Alvaro Razuk, “Faces de Drummond” tem como curadores Miguel Conde, diretor de programação desta edição da Flip; Flávio Moura, curador de projetos especiais e cocurador da homenagem a Drummond no evento; Hugo Sukman, gerente de comunicação da Fundação Roberto Marinho; e Mànya Millen, editora do caderno Prosa & Verso do Globo.

Exposição reúne fotos e inéditos dos anos 1920

O material que compõe a exposição reúne parte do acervo do Arquivo Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB). Organizado pelo próprio Drummond, o acervo inclui desde fotografias da infância até vídeos como o documentário “Fazendeiro do ar” (1972), de Fernando Sabino e Davi Neves, originais datilografados e contratos com editoras. 

Dentre o material da mostra, que promete ser uma das mais visitadas da Flip, o curador Miguel Conde destaca textos inéditos de Drummond que chegaram a ser reunidos, mas nunca foram publicados pelo poeta. 

"O que há de mais desconhecido e inédito, e que vale a atenção de quem for visitar, são os poemas dos anos 1920 que Drummond publicou em revistas e jornais da época, mas não fazem parte de nenhuma obra dele. Alguns destes poemas foram reunidos recentemente em um livro organizado por Antonio Carlos Secchin, grande conhecedor da obra de Drummond", diz Conde, referindo-se à recém-lançada coletânea “Os 25 poemas da triste alegria” (Cosac Naify). 

Além da mostra “Faces de Drummond”, os pequenos também terão sua própria exposição sobre o escritor itabirano na Flipinha. As imagens criadas pelo poeta em versos como “Na cidade toda ferro” e “as casas espiam os homens” viraram desenhos feitos por alunos de escolas públicas das cidades de Paraty, Rio Claro e Angra dos Reis e serão expostos durante a festa. As ilustrações foram baseadas no tema “Literatura — A obra de Carlos Drummond de Andrade” proposto por Graça Lima, ilustradora do Ponto de Cultura da Casa Azul. 

Livro traz correspondência com Cyro dos Anjos 

A relação intensa entre Carlos Drummond de Andrade e sua filha única Maria Julieta também ganhará voz e homenagem na Flip, com a peça “Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade”. O monólogo será apresentado por Sura Berditchevsky no dia 5, às 21h30m, na Casa da Cultura. A encenação é uma leitura dramatizada da troca de correspondências entre “Querido Cacá” e “Filhinha muito pensada”, como se tratavam nas cartas . 

Para celebrar também a vida do escritor, a Globo Livros relança “Os sapatos de Orfeu”, publicado originalmente em 1993. É a única biografia de Drummond, escrita por José Maria Cançado, com prefácio do poeta Armando Freitas Filho, amigo de Drummond (ver entrevista ao lado). A editora lança ainda “Cyro & Drummond — Correspondência de Cyro dos Anjos e Carlos Drummond de Andrade”, organizado por Wander Melo Miranda e Roberto Said, professores de Letras da UFMG.

No dia 7, às 11h, o escritor Hermínio de Carvalho vai bater um papo com o público na Casa da Cultura sobre sua relação com Drummond e sobre seu livro “Áporo itabirano — Epistolografia à beira do acaso” (Imprensa Oficial), lançado no ano passado. Na Flip, a obra do poeta ganha homenagem também no DVD “Consideração do poema”, que será lançado na casa do Instituto Moreira Salles.

Fonte: Jornal O Globo

O preconceito contra as primeiras mulheres no poder


A escalada ao poder não foi fácil para as primeiras brasileiras que decidiram se aventurar na política. Mulheres pioneiras dizem que sofreram todo tipo de preconceito quando assumiram cargos que até então só haviam sido ocupados por homens.


A Folha ouviu Eunice Michiles (primeira senadora do país), Iolanda Fleming (primeira governadora), Luiza Erundina (primeira prefeita de São Paulo), Maria Luiza Fontenele (primeira prefeita de uma capital brasileira) e Roseana Sarney (primeira governadora eleita).

Deputada Luiza Erundina, 75, foi eleita primeira prefeita da maior cidade do país, São Paulo, em 1989, pelo PT 

Ao chegar ao poder, parte delas se deparou com o preconceito velado. Outras sofreram discriminação aberta.

Foi o caso da cearense Maria Luiza Fontenele, 67, eleita prefeita de Fortaleza em 1985, pelo PT. Já durante a campanha, Maria Luiza disse ter sofrido com a pecha de "sapatão" por ser divorciada.

Nascida em Quixadá (CE), cidade famosa por uma formação rochosa em formato de galinha, ela diz que ouvia coisas como: "Ela é de onde até as pedras são galinhas".

A contratação de dois ex-maridos em sua gestão lhe rendeu o apelido de "dona Flor e seus dois maridos".

A paraibana Luiza Erundina, 75, eleita para a Prefeitura de São Paulo em 1988, relata preconceito por ser nordestina e do PT. "Só faltava eu ser negra para completar. Uma vez, até recebi uma carta com vários xingamentos e com fezes dentro", afirma Erundina, reeleita deputada federal pelo PSB.

Ela conta que, quando assumiu a prefeitura, em 1989, eram frequentes as ameaças de bomba na sede.

A acriana Iolanda Fleming, 74, diz que teve de enfrentar preconceitos desde o início de sua carreira. Ela lembra que resolveu cursar direito quando entrou na vida pública, aos 37. "Ouvi coisas do tipo: 'Mulher que vai à faculdade é vagabunda'."

Filha de seringueiros, ela assumiu o governo do Acre em 1986. Antes disso, havia sido vereadora e deputada estadual por duas vezes.

Flor e poesia

Primeira senadora do país, Eunice Michiles, 81, diz ter vivenciado uma espécie de "preconceito ao contrário" quando assumiu como suplente, em 1979, pela Arena, o partido de sustentação da ditadura militar (1964-85). "Fui recebida com flores, poesia. Não deixa de ser discriminatório, porque ninguém era recebido assim."

Cercada por homens, ela afirma que todos eram gentis porque, na época, havia "aquela maneira de tratar uma dama". "Não me sentia como uma colega."

A governadora reeleita do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), 57, se tornou a primeira governadora em 1994.

Ela conta que, ao chegar nas primeiras reuniões de governadores de Estado, a pergunta era sempre: "Como vai a família, o marido, os filhos?". "Eles não estavam acostumados. Com o tempo, passaram a me respeitar muito mais", relata.

Oito décadas

Oito décadas separam a eleição de Dilma Rousseff (PT) e a de Alzira Soriano, a primeira eleita no Brasil.

Alzira elegeu-se prefeita de Lages (RN) em 1929, beneficiada pela legislação do Estado, que permitia às mulheres votar e se candidatar --apenas em 1932 isso passou a valer no resto do país.

Parte das pioneiras na política afirma que Dilma terá de imprimir sua marca. "Isso ela fará, porque as mulheres têm um jeito próprio de governar", diz Erundina. Para Eunice Michiles, "ela é uma mulher de pulso, tem qualidades, mas ser mulher não é atestado de capacidade".

Fonte: Blog do Nassif, publicado originalmente na Folha de S. Paulo

Governo e Fifa encerram visitas a estádios no Mané Garrincha


VisitasNa última escala da sequência de três visitas da FIFA e do Comitê Organizador Local a cidades-sede da Copa, representantes das entidades e do governo federal fizeram, na manhã desta quinta-feira (28) uma inspeção no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. A arena sediará a abertura da Copa das Confederações de 2013, com um jogo da seleção brasileira em 15 de junho.

Tite confirma equipe sem novidades e recomenda ao Boca partir para cima do Corinthians

Tite confirma equipe sem novidades e recomenda ao Boca partir para cima do Corinthians

CNBB se engaja na campanha por mais recursos para a saúde































O projeto de lei de iniciativa popular, que propõe o investimento de no mínimo 10% da receita corrente bruta da União na saúde pública está angariando assinaturas em todos os estados do país. Agora, com um reforço relevante: a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) deliberou por apoia-lo oficialmente, durante recente Assembleia Geral realizada em Aparecida do Norte (SP).


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Os Estados

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NOVAS REGRAS:

A carteira só pode ser renovada durante o prazo de no máximo 30 dias
 após o vencimento da mesma.

Após este prazo, a carteira é cancelada automaticamente, e o condutor
 será obrigado a prestar todos os exames novamente: psicotécnico,
 legislação e de rua, igualzinho a uma pessoa que nunca tirou carteira.

Esta lei não foi divulgada , e muitas pessoas vão perder a suas
 carteiras de habilitação e terão de repetir todos os exames.

Fiquem atentos quanto ao vencimento de sua CNH.
 Fora a multa, para tirar novamente a CNH fica por volta de R$ 1.200,00
 e leva + ou - de 2 a 3 meses.

As mudanças começaram a valer no dia 1º de JAN de 2012.Serão incluídos
 novos conteúdos, além de uma nova carga horária.

O Diário Oficial da União (DOU) publicou (22/11/2009) uma resolução do
 Conselho Nacional de Trânsito
 (CONTRAN), que altera as regras para quem vai tirar a carteira de motorista.

Entre as mudanças está a carga horária do curso teórico que vai passar
 de 30 para 45 horas aula
 e a do prático, de 15 para 20 horas aula. Serão incluídos novos conteúdos.

ALÉM DISSO: Providenciar com urgência a retirada do plástico do
 extintor. Mais uma regulamentação sem a devida divulgação!

O extintor de fogo obrigatório do carro tem que estar livre do
 plástico que acompanha a embalagem.

Se um policial rodoviário parar seu carro e verificar que
 o extintor está protegido pelo saco plástico, ele vai te autuar – 5
 pontos na carteira e mais R$ 127,50.  
 Glaucimara Araujo
Encarregada Dpto Pessoal / Dpto Personal Charge

Blog do Sorrentino

Eugênio Bucci é mais um ladrão da quadrilha de Cachoeira?

BucciRealmente, o título está bastante forte. Mas ele foi inspirado no estilo de ataques do próprio Eugênio Bucci. No dia 18 de outubro de 2011, por exemplo, o jornalista usou o seguinte título na sua coluna na revistaÉpoca“Por que roubam os comunistas”. Naquele momento, seu artigo serviu de artilharia para o tiroteio que o PIG (Partido da Imprensa Golpista) direcionou contra o ex-ministro Orlando Silva, o PCdoB e o governo Dilma. 

ONU lança Fome Zero mundial

O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lançou hoje (21), no Rio de Janeiro, o programa "Desafio Fome Zero", e convidou todas as nações a serem corajosamente ambiciosas para trabalharem para um futuro em que todos tenham direito à alimentação.




Ban Ki-moon

Ban Ki-moon





 convocou governos, empresas, agricultores, cientistas, sociedade civil e consumidores a participarem do desafio, honrando promessas do passado e trabalhando juntos para pôr fim à fome. “Em um mundo de abundância ninguém, nem uma única pessoa, deve passar fome”, disse ele.

Durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), o secretário-geral elogiou os esforços combinados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, dirigida pelo brasileiro José Graziano da Silva), do FIDA (Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola), do PMA (Programa Mundial de Alimentos), do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), do Banco Mundial e da Bioversity International. “A fome zero impulsiona crescimento econômico, reduz a pobreza e protege o meio ambiente. Promove paz e estabilidade”.

De acordo com Ban Ki-moon, o objetivo do Desafio Fome Zero é garantir 100% de acesso a alimentação adequada durante todo o ano; nenhuma criança menor de dois anos desnutrida, eliminação da desnutrição na gravidez e na primeira infância; todos os sistemas alimentares sustentáveis; 100% de crescimento em produtividade e renda de pequenos agricultores, especialmente para mulheres e perda ou desperdício de alimentos zero, incluindo consumo responsável.

A inspiração para o Desafio veio do grande trabalho feito por muitos países e organizações para acabar com a fome, particularmente o Brasil, cujo programa "Fome Zero" auxilia na erradicação da fome usando alimentos locais de agricultores familiares e cozinhas comunitárias.

Com agências 

Em defesa de Julian Assange/ In defense of Julian Assange‏

Todos sabemos que Julian Assange, se extraditado para a Suécia, será alvo na nova legislação dos EUA, que dá a seu presidente poderes de mandar prender ou matar todo cidadão que lhe parecer atentar contra a segurança daquele país, não importa sua nacionalidade. É a "detenção administrativa" de Israel em versão mundial: violência, tortura, confinamento em solitária, impedimento do direito de defesa (as detenções são feitas com base em "acusações secretas", seja lá o que isso for, e o detento não tem direito a processo, durante o qual poderia provar sua inocência).

Sejamos solidários com Assange, mais uma vítima dos autodeclarados xerifes do planeta.

Envie a carta a seguir para a Embaixada do Equador em Londres, onde Assange pediu asilo político. O e-mail da Embaixada é eecugranbretania@mmrree.gob.ec.

Envie esta mensagem a seus contatos, para que milhares, milhões de pessoas deem a resposta necessária às potências mundiais: não aceitamos e nunca aceitaremos decisões viciadas, que violam os direitos humanos.

Como membro do grupo Friends of Wikileaks, agradeço seu apoio.

Baby

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Friends of Wikileaks issue this urgent statement of support for Julian Assange's request for asylum with the Ecuadorian Embassy.


The context of Julian Assange’s house arrest and, now, extradition to Sweden cannot be disassociated  from the backlash that  been created by

his important and radical work with WikiLeaks. There are a numerous inconsistencies in this case that deserve our attention (www.justice4assange.com). Inconsistencies in due process relating to the issue of the EAW and Red Notice, the release by the Swedish Police of selective witness statements to tabloid press, the re-opening of the case by a second prosecutor in Sweden after a first prosecutor threw the case off, etc etc; all actions that permeate political interference and intent  and which we believe are a reaction against WikiLeaks' work in promoting transparency and human rights through radical, independent, heroic journalism.


Swedish media are trying to assert that the reason Mr. Assange must be extradited now is because Swedish law dictates that someone must be on Swedish soil in order for formal charges to be laid. But it is also true under Swedish law that a prosecutor cannot take the decision to charge until the preliminary investigation and all questioning therein has been completed. In having already taken the decision to charge Mr. Assange, Marianne Ny is breaking Swedish law. It is intolerable that in a case such as this an investigating prosecutor would decide to charge before even hearing one side's version of events and is a contradiction of intent on behalf of the investigating prosecutor.


Some Mainstream Media have been expressing prejudicial intent. For example even today Tom McCarthy at the Guardian live Blog states "Julian Assange, who was to be extradited from UK to Sweden to face sexual crime charges, seeks asylum under UN charter" http://www.guardian.co.uk/media/2012/jun/19/julian-assange-asylum-ecuadorian-embassy?newsfeed=true. But the fact is that Julian Assange has not been charged, and we have to ask the question why this inaccuracy in reporting persists if there is no intent to prejudice. There are hundreds of articles that mention the same. Even the UK Supreme Court  had to correct its own statement: paragraph 83 of the judgment refers to offences of which Mr Assange “stands charged”. This is not accurate as charges have not been brought  against Mr Assange. The judgment will be corrected to read “offences in  respect of which his extradition is sought”."http://www.supremecourt.gov.uk/news/julian-assange-v-swedish-prosecution-authority.html.  How can this allow for  a fair trial where his basic human rights are safeguarded?


If he is extradited to Sweden, we know that he awaits incommunicado detention for an indefinite amount of time. For a man who has not been charged with any crime in any country, FoWL consider this arbitrary and unlawful detention and thus a violation of European Convention on Human Rights. Moreover, once he is extradited to Sweden, the danger of his further extradition  to the USA looms. It has emerged through the release of internal emails  by the US private intelligence service Stratfor that the USA have issued  a sealed indictment against Mr. Assange over a year ago. There is also a  secret Grand Jury against WikiLeaks going on at the moment, attempting  to charge Mr. Assange under the Espionage Act, and his death has been called for by key US officials.

The situation deserves to be read in its entirety- a media organisation providing the means for the publication of whistle-blower media and an award-winning journalist with an ethos deeply anchored in human rights activism are being attacked for serving one of the most important functions in a democratic society - that of mapping the terrain so that we, as active and engaged citizens, can navigate democracy.


We have seen in the WikiLeaks revelations how international politics and diplomacy work. One story for the public, but the reality is very different. We understand this case as politicized and we see that Governments in Australia, Sweden, US as well in the UK, are hiding behind "judicial proceedings" trying in public to "wash their hands off" any responsibility but are acting in a political manner. Behind closed doors they plan, negotiate and agree on a political and diplomatic level the fate of a man whose work they view as damaging to their perceived interests. Bradley Manning's treatment is evident for all to see, his freedom taken his human right trampled upon. We bring forward into the open the claim that this is a political issue however it is disguised.  Freedom for Information requests come back with very little information in most of the countries involved. We want this to stop. We want transparency in government dealings regarding this case.


To the Ecuadorian Embassy we say, we welcome your consideration of Mr. Assange's asylum request and urge you to accept. We appreciate the bravery your country will show in standing up to defend his human rights. The UK Government has failed to take a clear position on the plight of Julian Assange, despite there being clear concerns about the manner in which the European Arrest Warrant has been issued and executed and despite there being room for the UK Government to overturn the UK Supreme Court decision. We believe it is most imperative that the safety of Julian Assange and the vital work he engages in are protected.


Yours faithfully,


the Global FoWL (Friends of WikiLeaks)

(Disclaimer: FoWL are an independent collective of WikiLeaks supporters. Please note that we are not affiliated with WikiLeaks and consequently WikiLeaks cannot be held accountable for any of FoWL's statements or actions.)


(This is a copy of the original letter posted here: http://www.wikileaks-forum.com/index.php/topic,12239.msg35644.html#msg35644 )

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You can view the full announcement by following this link:

Regards,
The The Official WikiLeaks Forum Team.

26 alunos da Unifesp de Guarulhos estão presos na Polícia Federal

Vinte e seis alunos do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de Guarulhos, na Grande São Paulo, estão detidos desde esta quinta-feira (14), na sede da Superintendência da Polícia Federal, na zona oeste da cidade.

A União Nacional dos Estudantes emitiu uma nota nesta sexta-feira (15) exigindo a liberdade imediata dos estudantes.Segundo a entidade, eles se organizavam pacificamente por melhorias em seu campus, quando foram abordados de forma absolutamente truculenta pela despreparada corporação policial desse estado, recente protagonista de outros lamentáveis episódios de violência contra jovens, a universidade e a população mais vulnerável.

Diversos estudantes foram feridos e os detidos foram acusados do crime de formação de quadrilha, um ataque inaceitável ao princípio democrático de liberdade de expressão e à Constituição Federal, remontando às piores lembranças do movimento estudantil durante o regime militar de exceção.

“A UNE preocupa-se, especialmente, com trecho na qual é mencionado um acordo não conhecido publicamente entre a Polícia Militar do Estado e a Polícia Federal para a intervenção no campus, o que violaria o princípio da autonomia universitária e a legitimidade das ações do estado em diferentes esferas”, diz a nota dos estudantes.

Fonte: Portal Vermelho
Profº Cleber de Oliveira 

Enem tem mais de 6,4 milhões de alunos inscritos

O número de inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 chegou a 6.497.466. Segundo balanço publicado no site do Ministério da Educação, foram registradas 275.769 inscrições a mais que a edição do ano passado. O processo foi encerrado às 23h59 desta sexta-feira (15).


Os estados que tiveram maior número de candidatos foram São Paulo (1.068.517), Minas Gerais (723.644), Rio de Janeiro (474.046), Bahia (458.101) e Rio Grande do Sul (394.641).

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a confirmação da inscrição só ocorre após o pagamento da taxa de R$ 35, que pode ser feito até 20 de junho. Alunos que estão cursando o terceiro ano do ensino médio em escola pública são isentos do pagamento.

As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro, a partir de 13h (horário de Brasília). No primeiro dia, os participantes terão quatro horas e meia para fazer as provas de ciências humanas e da natureza. No segundo, será a vez das provas de matemática e linguagens, além da redação, com um total de cinco horas e meia de duração.

No ano passado, cerca de 6 milhões de estudantes se inscreveram no Enem, mas pouco mais de 5 milhões pagaram a taxa e se habilitaram para fazer a prova. Desde 2009, o exame ganhou mais importância porque passou a ser usado por instituições públicas de ensino superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais.

A participação no exame também é pré-requisito para quem quer participar de programas de financiamento e de acesso ao ensino superior, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Ciência sem Fronteiras. O Enem será aplicado nos dias 3 e 4 de novembro. A divulgação do gabarito está prevista para 7 de novembro, e o resultado final deve ser divulgado em 28 de dezembro.

Fonte: Agência Brasil
Profº Cleber de Oliveira

Saúde

Musculação ajuda a controlar a hipertensão

Diferente do que se imagina, levantar peso ajuda a regular a pressão de quem sofre com esse problema


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Dilma se reúne com governadores para anunciar medidas econômicas

A presidenta Dilma Rousseff está reunida com governadores e representantes de 27 estados para anunciar medidas de incentivo à economia ante a crise internacional. A expectativa é que o governo libere mais de R$ 10 bilhões em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


Ao chegar ao Palácio do Planalto, o governador da Bahia, Jaques Wagner, disse que o estado não teria problemas em contrair novas dívidas, uma vez que o endividamento é apenas 0,37% da receita corrente líquida. De acordo com a Secretaria da Fazenda do estado, ao final do primeiro quadrimestre de 2012 o estado cumpriu as metas estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Sobre a negociação de uma nova taxa de correção da dívida dos estados com a União, Jaques Wagner reconheceu que a transferência de recursos mensais “é grande”. Ele destacou que as negociações com a área econômica do governo para a troca do indexador da dívida estão sob a condução do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Há uma discussão entre governadores, a área econômica do governo e parlamentares para trocar o índice que corrige a dívida dos estados do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) para a taxa básica de juros (Selic).

No Senado, uma proposta do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), na Comissão de Assuntos Econômicos, estabelece o indexador da dívida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) mais 3%. Essa proposta foi apoiada pelos secretários de Fazenda dos estados em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Em relação a possíveis contrapartidas que os governos estaduais teriam que oferecer para ter acesso ao empréstimo do BNDES, como, por exemplo, reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Jaques Wagner destacou que, antes, os governadores terão que avaliar se a proposta é interessante para os estados. “Na minha opinião, o governo federal tem que privilegiar os governadores que fizeram o dever de casa”, acrescentou, referindo-se àqueles que pagam em dia a dívida e estão com superávit.

Fonte: Agência Brasil
Profº Cleber de Oliveira

Rabelo: “Estávamos certos na defesa intransigente de Orlando”

Em entrevista exclusiva ao Vermelho, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, comentou o arquivamento do processo contra Orlando Silva pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República: “Arquivar o processo por absoluta falta de provas mostra que estávamos corretos na defesa intransigente de nosso companheiro, assim como da sua excelente gestão à frente do Ministério do Esporte”.

Renato Rabelo e Orlando Silva 
Rabelo ressaltou também que as denúncias não visavam apenas atingir o ministro: “Nunca tivemos dúvidas de que os ataques eram direcionados contra o nosso partido e contra as conquistas que o Brasil obteve com o PCdoB no Ministério do Esporte”, garante.

O clima atual é de comemoração, mas a conquista judicial não é o bastante para o líder, que enfatiza: “Vamos continuar na luta, com a certeza de que a verdade vai se revelando”.

Nesta manhã de terça-feira (12 de junho), quando a notícia do arquivamento do processo foi praticamente ignorada pelos jornais que plantaram e alardearam escandalosamente as denúncias contra Orlando, Renato Rabelo postou um texto seu no seu blog que denuncia o oportunismo e maucaratismo da grande imprensa, ainda impune apesar de tantos disparates. Leia, a seguir, na íntegra:

Comissão de Ética Pública arquiva processo contra Orlando Silva 

"Ontem à noite (11 de junho) a Comissão de Ética Pública da Presidência da República arquivou o processo contra o ex-ministro Orlando Silva, "por absoluta falta de provas".
Hoje pela manhã, apenas algumas parcas linhas nos jornalões da grande imprensa.
Nenhuma palavra sobre as acusações levianas contra o ex-ministro do Esporte e nosso partido. Nenhuma palavra sobre as acusações torpes lançadas pela Veja.

Isso mostra que agora que a verdade vem à tona, não existia nenhum motivo para que elas fossem feitas a não ser o desejo desesperado de atingir o PCdoB e uma grande liderança que despontou e que vem crescendo.

O tempo mais uma vez mostrou a correção de nossa política e de nosso partido. Para eles, um Brasil justo, desenvolvido e com crescimento como nós estamos ajudando a construir é inaceitável. Por isso lutamos por um novo projeto nacional de desenvolvimento.

Vamos mostrar que para o povo brasileiro, inaceitável é a miséria, a desigualdade e a injustiça".

Fonte: Blog do Renato Rabelo

Profº Cleber de Oliveira

Museus do Rio exibem temáticas da Rio+20

Como parte dos eventos paralelos da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada de 13 a 22 de junho, duas exposições prometem agitar os corredores do Centro Cultural Banco do Brail e do Museu de Arte Moderna, dois dos mais importantes do Rio.


"Estradas de Seringas" (1984), no CCBB / Foto: Divulgação

Desde o dia 28, o CCBB-Rio sedia a exposição “Amazônia, ciclos de modernidade”, com curadoria de Paulo Herkenhoff. A mostra apresenta a história da modernidade na região amazônica, com cerca de 300 obras, desde o século 18 até os dias atuais.

A exposição apresenta a cultura visual da floresta, sua arte e particularidades antropológicas. São mil metros quadrados ocupados por fotografias, pinturas, aquarelas, desenhos, esculturas, objetos, vídeos e documentos raros. Na rotunda, uma instalação de arte popular criada por artesãos de Parintins mostra uma grande árvore onde se encontram animais da região amazônica, arbustos do açaí e do guaraná.

A primeira sala da exposição trata do estranhamento que é se aventurar na floresta. O visitante é recebido numa sala escurecida uma cena em que o índio Ymá Nhandehetama discorre sobre a condição indígena no Brasil. Uma pintura de Emmanuel Nassar e uma escultura de Frans Krajcberg apontam para as aflições da natureza amazônica, uma imagem de Serra Pelada de Sebastião Salgado fixam o imaginário da cena bíblica monumental da exploração do ouro. O imaginário amazônico, com seus fantasmas construídos sobre a natureza está numa pintura de Flávio-Shiró e na escultura de Maria Martins.

A sala do Iluminismo apresenta cerca de 100 obras do acervo da Fundação Biblioteca Nacional. Mapas raros, desenhos originais de Alexandre Rodrigues Ferreira e Antonio Landi, além de maquetes do Museu Naval e obras de Adriana Varejão e Marcone Moreira. Destaque ainda para a sala reservada do Museu Paraense Emílio Goeldi (Museu Goeldi), que mostra a transição para uma Amazônia moderna, sob o impacto do evolucionismo e de outras teorias (nova ciência) e também da Antropologia na constituição do saber. O espectador fica diante de uma ciência sobre a Amazônia e feita na Amazônia.

Cerrado em debate 

O artista plástico Siron Franco promoverá um videoinstalação multissensorial gratuita no Museu de Arte Moderna (MAM), centro do Rio, de 12 a 23 de junho. A mostra “Brasil Cerrado” foi criada especialmente a Rio+20, a pedido da ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.

Serão mais de 600 metros quadrados de área montada do salão principal do museu, distribuídas em quatro salas e dois mega painéis. A exposição contará com sonorização dos espaços, aplicação de essências específicas do Cerrado brasileiro e a presença de elementos sensoriais como água e calor nos diferentes ambientes.

A destruição que assola o cerrado dá a tônica da segunda parte da instalação. A sensação de perda e de urgência fica clara e o visitante passa a entender as necessidades imperativas das ações de proteção ambiental do bioma do Cerrado, o segundo maior do país. “A intenção é provocar conforto e desconforto. Apresento o acolhimento que a natureza nos proporciona e também a destruição que o homem vem causando”, afirma Siron Franco.

Serviço

“Amazônia, ciclos de modernidade”
Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB RJ 
Rua Primeiro de Março, 66. Centro 
Tel: 21 3808-2020
Terça a domingo, 9h às 21h 
Até 22 de julho
Entrada gratuita

“Exposição Brasil Cerrado” – Siron Franco
Museu de Arte Moderna (MAM)
Av. Infante Dom Henrique 85 - Parque do Flamengo
Tel: 21 2240-4944 
12 a 23 de junho
Segunda a sexta, 11h às 18h /sábados, domingos e feriados, 11h às 19h 
Entrada gratuita

Profº Cleber de Oliveira

"História subterrânea da USP virá à tona com comissão da verdade"

A filósofa Marilena Chauí considera que a comissão que irá apurar a verdade sobre os episódios da ditadura (1964-85) na Universidade de São Paulo (USP) terá a incumbência de trazer à tona as conexões entre o passado e a estrutura atual da instituição. 


Casa Fora do Eixo
Comissão da Verdade
Ato pede que violações de Direitos Humanos cometidas na USP durante a ditadura venham à tona
Durante ato realizado na Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis (FEA), na Cidade Universitária, a professora cobrou que o reitor João Grandino Rodas aceite o pedido para instalar o colegiado, que teria número igual de docentes, funcionários e estudantes. 

“Há uma história subterrânea e obscura da USP que eu espero que a comissão traga para a superfície”, afirmou a professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. “Não só daqueles que sabemos que foram torturados, mortos e estão desaparecidos, mas também dos que foram presos, dos que foram presos e torturados, o modo como se deu a cassação dos professores, a participação ativa das congregações dos institutos e das faculdades para cassar seus próprios colegas.”

Ela reafirmou que a atual estrutura da USP é fruto do Ato Institucional número 5, editado em 1968 e considerado o responsável pelo recrudescimento das violações de direitos humanos, em especial da tortura, e pela cassação de direitos políticos e acadêmicos. Naquele momento, vários docentes foram expulsos desta e de outras universidades. A diferença, para Chauí, reside no fato de que na USP não houve uma união de todas as categorias para promover uma reforma que varresse do arcabouço institucional as heranças da repressão. 

“A ditadura se manteve nessa universidade pela estrutura que tem do ponto de vista acadêmico, ou seja, a organização dos cursos, a existência de créditos, matérias optativas e matérias obrigatórias, o número de horas de aula a que o aluno é obrigado a assistir, a indústria do vestibular. Há uma série de elementos ligados à reforma feita na universidade pela ditadura”, disse, acrescentando que a estrutura de poder, concentrada na figura do reitor, é um dos exemplos desta falta de transição para a democracia.

Novamente, foram feitas críticas a João Grandino Rodas, responsável por uma série de medidas que provocaram insatisfação entre funcionários, alunos e professores. A mais famosa delas é o convênio firmado no ano passado para que a Polícia Militar passasse a atuar na Cidade Universitária – antes, o trabalho de monitoramento do campus era promovido por uma guarda própria. De lá para cá, surgiram vários relatos de violência por parte de policiais contra estudantes, alguns deles documentados em imagens. 

Para Paul Singer, professor da FEA e secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, os problemas atuais estão conectados à falha na transição da estrutura de poder da USP para a democracia. “A proposição aqui está não só em fazer justiça aos que foram vítimas da violência, e houve muitas. Uma grande parte, como eu, conseguiu sobreviver, e outros não conseguiram, foram liquidados e mortos. É importante saber da verdade não só para evitar que coisas revoltantes venham novamente a acontecer. É mais do que isso: é entender o presente. Entender o passado é fundamental para saber por que as pessoas são como são.”

Fonte: Rede Brasil Atual
Profº Cleber de Oliveira

ANPG defende direito de greve dos professores nas universidades

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) divulgou nota nesta quarta-feira (13) em apoio à greve nas universidades federais dos professores. Para a presidenta da ANPG, Luana Bonone, a greve dos docentes explicita o grave momento da educação brasileira: “Historicamente a ANPG sempre se posicionou ao lado dos professores em momentos como esse. Acreditamos que além do reajuste salarial é necessário garantirmos 10% do PIB em investimentos para Educação e 2% do PIB para Ciência e Tecnologia”.



A associação, em nota oficial, esclarece a posição da entidade e se coloca ao lado dos docentes e técnicos administrativos. O documento lembra a luta dos pós-graduandos pelo reajuste no valor das bolsas de pesquisa e que, em agosto deste ano, irão à Brasília para reivindica-lo.

A ANPG considera ainda que é importante que CAPES e CNPq respeitem o direito de greve dos professores da pós-graduação e dos pós-graduandos e, portanto, possibilitem o alargamento dos prazos para os estudantes da pós-graduação nas universidades em greve, considerando os calendários de reposição decididos pelas universidades. Abaixo, segue nota na íntegra.

Nota da Associação Nacional de Pós-Graduandos sobre a Greve nas Universidades Federais

Desde o dia dezessete de maio os docentes das instituições federais de ensino superior entraram em greve por melhorias na educação pública. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) já são 51 instituições que aderiram à greve.

Como entidade representativa dos pós-graduandos brasileiros e comprometida com as pautas que se relacionam com o desenvolvimento e soberania nacional, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) vem a público manifestar-se solidária a este e a todos os movimentos que lutam pela qualidade e pela expansão da educação pública no país. Consideramos como legítima a pauta de reivindicações dos professores, que vai das questões de contratação, questões salariais, melhorias das condições de trabalho e carreira ao cumprimento do Acordo 04-2011 firmado pelo governo. A MP 568-2012 editada por Dilma, substituindo o PL 2203, mesmo que cumprindo parcialmente o acordo agudizou a situação de insatisfação, pois contém cláusulas rejeitadas pelos docentes e servidores.

As condições de trabalho nas universidades se agravaram pela ausência de investimentos federais na carreira docente. Entendemos que o processo de expansão deve contar também com o aumento do investimento para garantir a qualidade e a valorização daqueles e daquelas que constroem cotidianamente a universidade pública brasileira. Desta forma, solidarizamo-nos e aproveitamos a efervescência do debate para pautar algumas reflexões no intuito de contribuir com o movimento. Compreendemos que ao abordarmos a pauta da qualidade de ensino devemos considerar uma amplitude de variáveis. No bojo deste debate devemos destacar desde questões de estrutura física, número adequado de servidores técnico-administrativos e docentes - problema que também se manifesta na pós-graduação tendo estes garantia de um processo de educação permanente e valorização profissional, a questões relacionadas aos projetos pedagógicos, currículos e metodologias mais emancipadoras no processo de ensino-aprendizagem, que contemplem o processo de formação de cidadãos críticos e criativos, que tenham desejo e condições de imprimir coletivamente mudanças sociais.

Garantir qualidade assentada nestas questões passa por uma política de financiamento robusta – e aqui reafirmamos a bandeira das entidades estudantis e científicas de urgência da destinação de 10% do PIB para a educação e 2% para ciência, tecnologia e inovação, bem como da destinação de 50% do fundo social do pré-sal e dos royalties do petróleo para essas áreas. Nós, pós-graduandos, também somos atingidos pela falta de investimentos na educação e na ciência e tecnologia. O corte de 55 bilhões do orçamento da União no início deste ano atingiu diretamente os Ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia, expressando uma política que prioriza o pagamento da dívida externa quando destaca quase 45% do Orçamento Geral da União para tal e destina 2,89% para a educação e apenas 0,38% para Ciência e Tecnologia. Neste sentido, defendemos que mudança na lógica da política econômica é fundamental para a defesa da soberania nacional e para combater os efeitos da crise sobre a população brasileira e, portanto, estamos em luta pela recomposição desses cortes.

Uma vez que compreendemos a universidade como um espaço com potencial de constituir-se enquanto vanguarda do pensamento crítico e transformador, para além de pautar mais recursos, elemento importante, entendemos que este é o momento de pautar que esta coloque a produção de conhecimento a serviço da sociedade, que radicalize seus espaços democráticos e amplie políticas de equidade. Nesta direção, defendemos que a universidade dialogue com a sociedade e contribua através da produção de saber para com a resolução de questões de interesse nacional, em áreas como a energética, a educação e a saúde humana, por exemplo. Defendemos que participem deste processo estudantes de graduação ao doutorado, pesquisadores iniciantes e versados, aliando em parceria com a comunidade o ensino, a pesquisa e a extensão, de forma indissociável. Para que isto se concretize, é necessário investir na qualidade e expansão do acesso desde a educação infantil até a pós-graduação, a qual necessita ser ampliada, com mais programas de pós-graduação, maior acesso, permanência e maior intercâmbio e solidariedade entre programas e pesquisadores, assim como espaços institucionais para este diálogo.

Para que esta proposta se consolide, a pós-graduação necessita ser compreendida no contexto da universidade, questão por vezes esquecida, uma vez que seu financiamento majoritário provém das agências de fomento, uma vez que sua gestão é em muitos elementos partilhada com estas e sua avaliação lhe é externa. A pós-graduação habita o lócus universitário e precisa ser inserida não apenas neste espaço, mas também compreendida como elemento importante de um sistema nacional de educação, como parte indissociável e com imenso e pouco explorado potencial de contribuição a este.

Ao destacar a estrutura demandamos que ao se expandir e se interiorizar a universidade, seja buscada também a expansão com garantia de infraestrutura para a pós-graduação através da propositura de novos cursos lato e stricto sensu nos campi e unidades, sendo este um meio de proporcionar o desenvolvimento da pesquisa em colaboração com o desenvolvimento regional. A ANPG acredita que o desejo de um país soberano e socialmente justo só se efetivará no dia em que todas e todos tiverem a possibilidade de acesso à educação pública de qualidade em todos os níveis, do ensino infantil à pós-graduação.

Considerando que parte indissociável da universidade também são os estudantes, para radicalização de espaços democráticos e da equidade, necessitamos ainda que os pós-graduandos também sejam inseridos nas políticas de assistência estudantil das universidades, bem como compreendidos e valorizados em seu processo de formação e contribuição social, com garantia de estrutura e insumos para seu trabalho. Para que essa valorização seja plena, faz-se necessário também o estabelecimento de uma política de ampliação e reajuste anual das bolsas de pesquisas, de modo a garantir qualidade de vida a esses estudantes-pesquisadores. Já avançamos ao receber neste ano pouco mais de 10% de reajuste nas bolsas, todavia, pautamos o reajuste imediato de 40% e seguiremos mobilizados nesta direção.

Por fim, reforçamos que este movimento que está colocado não é e não deve ser alheio aos pós-graduandos brasileiros. Reivindicar educação de qualidade, da educação infantil ao ensino superior, faz-se necessário para garantir um país mais justo e de todos. Aproveitamos o ensejo para fazer um chamado aos pós-graduandos a se organizarem em associações (APGs) em seus cursos, programas, institutos de pesquisa e universidades, a viver a vida na universidade, contribuindo nos espaços de representação discente institucional, como os conselhos, bem como galgando a consolidação de seus próprios espaços, as APGs e a ANPG. Hoje, há uma onda de mobilizações estudantis que se somam, com suas pautas específicas, ao movimento dos docentes. Os pós-graduandos não estão alheios à necessidade de luta por melhores condições de estudo e pesquisa e também se mobilizam por avanços e melhorias na educação pública brasileira. Nós, que estamos mobilizados pelo reajuste no valor das bolsas de pesquisa e que em agosto iremos à Brasília pelo atendimento de nossas reivindicações, nos colocamos ao lado dos professores para que o Governo Federal cumpra com o acordo firmado com a categoria e atenda suas reivindicações. A ANPG considera ainda que é importante que CAPES e CNPq respeitem o direito de greve dos professores da pós-graduação e dos pós-graduandos e, portanto, possibilitem o alargamento dos prazos para os estudantes da pós-graduação nas universidades em greve, considerando os calendários de reposição decididos pelas universidades.

Associação Nacional de Pós-Graduandos
Profº Cleber de Oliveira

Brazilian magazine Caros Amigos' story about military deals Brazil-Israel‏

Dear friends:

Here is a very interesting story published by Brazilian magazine Caros Amigos. It shows the Brazil-Israel secret military deals and how Brazilian police now adopts Israeli methodology of repression, tested over Palestinian people.

My friend Soraya and me, besides Jamal Juma (Stop the Wall), gave informations and interviews to Caros Amigos.

Debora Prado is the second journalist in Brazil that call pubIically Israel as a terrorist state. The first was me, in Brasil de Fato and in an interview to TV Carta Maior (video in internet). 


REPRESSÃO

TERROR DE ESTADO TIPO EXPORTAÇÃO

Com o pretexto de prevenir ataques terroristas durante a Copa
e Olimpíadas, o Brasil intensifica comércio com a indústria bélica israelense.

Por Débora Prado

“A maioria dos moradores dormia às 6 horas da manhã do domingo, quando
as bombas levaram gás lacrimogêneo para dentro dos barracos. As 1.700
famílias, cerca de 6 mil pessoas, mal puderam pegar seus pertences
quando a operação militar – com o ostensivo contingente de 2 mil
policiais, além dos dois helicópteros águia – os colocou para fora de
casa embaixo de tiro de borracha”. Se o relato acima, da jornalista
Gabriela Moncau, estivesse relacionado a uma notícia sobre a região de
Gaza, facilmente seria identificado como mais uma cena de massacre dos
palestinos promovida por tropas de Israel.
O ataque, no entanto, foi realizado no Brasil no dia 22 de janeiro
deste ano. As ações de repressão contra civis, retirados a força de
suas casas, foram desempenhadas pela Polícia Militar paulista contra
os moradores do
Pinheirinho, na desocupação de um terreno em São José dos Campos,
interior de São Paulo.
E a semelhança parece não ser mera coincidência. Com o pretexto de prevenção ao
terrorismo, ante a realização de megaeventos
esportivos no Brasil, o País tem estreitado cada vez mais as parcerias
com o Estado sionista
na área de segurança e armamentos.
Uma denúncia do Stop The Wall (Acabem com o Muro - campanha de organizações
palestinas que lutam pela derrubada do muro construído no meio do
território palestino e pelo fim do apartheid na região), no ano
passado, revelou ainda a existência de um acordo de cooperação
bilateral entre Brasil e Israel
na área de segurança, realizado no final de 2010, e até então mantido
em sigilo pelo governo federal.
Os termos deste acordo até hoje não são
integralmente conhecidos, pois o governo
segue pouco transparente sobre o tema – reconhece sua existência, mas
nega que tenha sido assinado. Seu objetivo seria facilitar a
cooperação e os contratos militares. Enquanto o assunto
segue nebuloso, de lá pra cá, ativistas ligados à defesa dos direitos
palestinos têm reconhecido uma marca comum entre os dois países
na área de segurança pública: os episódios
de terror de Estado.
PALESTINA É AQUI
A jornalista Baby Siqueira Abrão, correspondente em Ramallah,
Palestina, relata espanto ao assistir um vídeo sobre a repressão da PM
paulista à Marcha da Maconha: “Eu já vi a polícia atuando de várias
maneiras no Brasil, até indo com cavalos pra cima das pessoas na época
da Ditadura Militar, por exemplo. Mas, como na Marcha da Maconha nunca
vi. Eram as mesmas armas – bombas de fumaça com gases tóxicos, balas
de borracha; a mesma maneira de abordar – pisavam e chutavam as
pessoas no chão, algemavam com os braços para trás. Eu pensei: ‘gente,
isso é Israel’. Então eu mostrei o vídeo para uns amigos na
Cisjordânia e todos eles identificaram as técnicas israelenses”. Seu
espanto foi ainda maior no caso de Pinheirinho, inclusive, pela ação
violenta durante a madrugada, quando ninguém está preparado para
fotografar ou registrar a violência, tática comum ao Estado sionista,
segundo a jornalista.
Coincidência ou não, os personagens que       participam das
delegações trocadas entre Brasil e Israel na área de segurança
aparecem também no caso do Pinheirinho. O secretário de Segurança
Pública do Estado de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, por exemplo,
esteve em Israel em janeiro de 2010, junto com membros da Polícia
Militar, onde participou de um seminário destinado às autoridades dos
Estados que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014. O comandante
geral da Polícia Militar paulista, coronel Álvaro Batista Camilo,
também esteve em Israel e, após o Conselho Nacional de Comandantes
Gerais de Polícia Militares, realizado em fevereiro de 2010, declarou
ao jornal Folha de S. Paulo que a PM paulista contaria com apoio de
Israel para um treinamento
antiterrorismo e destacou: “Aprendemos muita coisa na área conceitual”.
A delegação que foi a Israel em janeiro de 2010
contou ainda com a presença do então ministro da Defesa, Nelson Jobim,
e marcou um aprofundamento da relação entre os países nesta frente. “O
Jobim tinha recebido uma missão israelense no final de 2009, desde lá
ele já admitia que estava sendo desenhado um acordo nessa área, que
seria enviado ao Congresso Nacional. As relações estão se estreitando
desde esse período. O Ministério das Relações Exteriores considerou
aquele um momento chave entre Brasil e Israel na área militar e o
acordo de livre-comércio com o Mercosul foi impulsionado pelo Brasil
um pouco antes”, explica Soraya Misleh, jornalista
palestino-brasileira e membro da Frente em Defesa do Povo Palestino de
São Paulo.
Com a aproximação, já em dezembro de 2010, cerca de 80 representantes
brasileiros, entre comandantes das policias militar, civil e federal e
secretários de segurança pública, participaram de uma conferência
internacional sobre segurança organizada pelo governo israelense. A
pauta do evento incluiu temas como tecnologias que
podem ser usadas durante o mundial de futebol
e as Olimpíadas de 2016, segurança de aeroportos, identificação de
suspeitos e uso da mídia
em situações de emergência.
Soraya, assim como Baby, vê semelhanças na atuação da PM paulista com
o exército israelense. Para ela, o que aconteceu em Pinheirinho lembra
o que aconteceu na Palestina em 1948, ante a criação unilateral do
Estado de Israel, mas numa escala menor. “Em ambos os casos,
literalmente passaram com tratores na memória, nas casas e na
identidade das pessoas, são coisas que chocam muito. Isso é terror de
Estado com certeza, pois há uma política institucionalizada de limpeza
étnica – contra os Palestinos lá e contra aqueles mais carentes, que o
processo capitalista tende a marginalizar, no Brasil”, avalia.

ACORDO?

O acordo de cooperação em segurança teria sido firmado entre Brasil e
Israel em novembro de 2010, de acordo com o relatório “Relações
Militares entre Brasil e Israel”, da campanha Stop The Wall. Jamal
Juma, coordenador da campanha, conta que o fato foi noticiado pelo
jornal israelense Ma’ariv. A reportagem afirmava também que, com isso,
um mercado avaliado em bilhões de dólares se abriu para as indústrias
de defesa israelense.
Embora as atuações empresariais e troca de missões entre os países
sigam numa crescente, o governo brasileiro não confirma a assinatura
do acordo bilateral no setor. Em ofício encaminhado ao Deputado
Federal Ivan Valente (Psol-SP), que pediu esclarecimentos sobre o
conteúdo do acordo, o Ministro das Relações Exteriores Antonio
Patriota afirma que a proposta partiu de Israel e estaria sob análise
do governo brasileiro desde o final de 2010. O documento, de julho de
2011, informa que naquele momento a avaliação do tratado estava a
cargo da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do
Ministério da Justiça.
Procurado pela reportagem da Caros Amigos,
o Ministério da Justiça, por sua vez, informou via assessoria de
imprensa que a Senasp recebeu
propostas de diversos acordos de cooperação
quando estava a cargo da Copa do Mundo,
inclusive o de Israel. De acordo com a assessoria, foram realizadas
visitas técnicas, mas
nenhum acordo foi assinado. Com a criação da Sesge (Secretaria
Extraordinária de Grandes Eventos), todo tipo de acordo de cooperação
visando a Copa saiu da Senasp e, segundo a área, não há previsão para
qualquer acordo com Israel na área de segurança pública.

APROXIMAÇÃO

A data da possível assinatura deste acordo, de qualquer maneira,
marcou uma série de parcerias e aquisições de empresas brasileiras por
companhias israelenses no setor, registradas pelo relatório do Stop
The Wall. Entre elas está a israelense Elbit Systems, especialista na
construção de veículos não tripulados, que, atualmente, conta com uma
unidade em Porto Alegre (Rio Grande do Sul). Apontadas pelo Stop The
Wall como uma das 12 companhias
envolvidas na construção do muro do apartheid
(ver box), a Elbit já assinou contratos no
Brasil, inclusive com as Forças Armadas
e com a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica).
Uma das prioridades com esta companhia tem sido a comercialização e
intercâmbio tecnológico de veículos aéreos não tripulados (Vants),
segundo Jamal, os mesmos amplamente usados nos ataques aos palestinos
de Gaza no final de 2008 e início de 2009. Além da presença da empresa
em território nacional,
em 2011, a embaixada brasileira em Tel Aviv realizou ainda uma
cerimônia de homenagem ao presidente da Elbit – medida que gerou
indignação entre as organizações de defesa dos direitos palestinos.
Outra companhia, a estatal israelense Rafael Defense, está fazendo um
projeto junto a prefeitura de Curitiba (PR) para implantação de uma
unidade de monitoramento, incluindo radares e sensores que podem
captar o rosto de uma pessoa e o calibre de uma arma a 25 quilômetros
de distância. Lilian             Abromovitch, representante da Rafael,
declarou ainda que Salvador (BA) e Recife (PE) também estudam
implantar a unidade de monitoramento para a Copa do Mundo, conforme
noticiou a Secretaria de Estado da Comunicação Social do Paraná.
Os negócios milionários são apenas algumas concretizações dos
interesses em jogo. Na avaliação de Soraya Misleh, com essa
aproximação de Israel, o Brasil busca a transferência de tecnologias e
vantagens econômicas. O Estado sionista, por sua vez, considera o
Brasil um mercado estratégico e ainda uma porta de entrada para toda
América Latina.
O relatório da campanha aponta, de fato, autoridades brasileiras que
declararam publicamente ter ajudado empresas israelenses de armas a
entrarem em contato com as forças armadas de outros países
latino-americanos.
O Brasil abriga ainda a LAAD – Defence & Security, uma das mais
importantes feiras para a indústria de defesa e segurança na América
Latina. O evento, em 2011, reuniu as principais empresas israelenses
de armas – a grande maioria com um histórico comprovado de
envolvimento direto nas violações de direitos internacionais e
humanos. Isso sem contar as inúmeras delegações recebidas e enviadas
para realização de
negócios e trocas de informações nesta frente.

COPA DO MUNDO E OLÍMPIADAS

A prevenção a ataques terroristas e tumultos para receber a Copa do
Mundo e as Olimpíadas têm sido uma boa porta de entrada para as
empresas militares israelenses nos países sedes destes megaeventos
esportivos e pode aumentar ainda mais os ganhos desta indústria no
Brasil.
No caso da África do Sul, que recebeu o último mundial de futebol, a
mídia israelense noticiou que cerca de 30 empresas de segurança do
país foram contratadas, segundo o Jamal Juma. “Se não houver uma
pressão popular forte, os jogos definitivamente serão outra fonte de
lucro para estas empresas que estão construindo as armas que matam e
reprimem nosso povo”, frisa o coordenador do Stop The Wall.
Do pacote de segurança oferecido fazem parte também técnicas e armas
para lidar com grandes multidões, semelhantes as já usadas na
repressão a Marcha da Maconha ou expulsão dos moradores de
Pinheirinho, conforme lembra a jornalista Baby Siqueira Abrão. E mesmo
com as armas ‘não letais’ é preciso ter cuidado.
“O spray de gás pimenta, as bombas e
as granadas de gás são extremamente tóxicas e já provocaram a morte de
Jawaher Abu Rahmah, de 33 anos, uma lutadora, membro da minha família
na Palestina, em 1 de janeiro de 2011. No caso de Jawaher, os médicos
afirmaram que, pelos efeitos devastadores dos gases no organismo dela,
era quase certeza que
havia fósforo branco (de uso proibido) misturado ao gás supostamente
lacrimogêneo. Mas mesmo esse provoca danos à saúde”, relata.
A jornalista conta que ela mesma já foi atingida por bombas de gás
israelense cujos efeitos duraram uma semana, tempo muito maior que o
comum. Com isso, a jornalista desconfia que o povo palestino seja
laboratório para as empresas testarem alterações nas fórmulas dos
gases.
O intercâmbio entre Brasil e Israel nessa frente assusta os defensores
dos direitos humanos, uma vez que os ativistas pelos direitos
palestinos são enfáticos ao definir o modelo de segurança israelense:
o terror de Estado.
A jornalista Baby Siqueira Abrão lembra que a violência e a
agressividade estão no DNA do Estado sionista, pois ele já nasceu com
a intenção de reprimir a população palestina, seja ela cristã ou
árabe. “Eles sempre foram bélicos, desde a origem, e foram
desenvolvendo essa indústria, pois precisavam disso para promover essa
‘higienização’, esse extermínio étnico. E, hoje em dia, o Estado
literalmente cria uma paranoia nas pessoas, faz com que elas acreditem
correr perigo o tempo todo, e assim ganha legitimidade para suas ações
e para investir na indústria de segurança”, explica. Para ela,
as bases de sustentação da indústria militar no país são a reprodução
do medo e a militarização da vida cotidiana.
Jamal Juma lembra, ainda, que a própria ONU reconheceu no relatório
Goldstone – que investigou os ataques militares de Israel em Gaza no
final de 2008 e começo de 2009 – haver vários indícios de crimes de
guerra e crimes contra a humanidade por parte do Estado israelense. “E
são incontáveis os relatórios feitos por diversas organizações
provando que o exército israelense viola sistematicamente os direitos
humanos”, complementa Juma.
Para ele, a situação é ainda pior quando constatamos que essas
violações podem ser entendidas e reconhecidas internacionalmente como
experiência e, portanto, gerem negócios, fazendo com que a indústria
bélica seja um dos principais setores da economia de Israel.
Assim, a indústria armamentista israelense lucra com a continuada
ocupação dos territórios palestinos, uma vez que desenvolve suas
armas, graças a essas “experiências” acumuladas com a ocupação.
“Infelizmente há muitos países, incluindo um país como Brasil que se
considera amigo da Palestina, que estão dispostos
a comprar ou desenvolver a indústria bélica em parceria com Israel e
sua indústria sustentada por crimes de guerra contra nosso povo.
Nossos corpos são os campos de batalha
deles”, lamenta Juma.
“Atualmente, as principais compras do Brasil no setor militar são
drones (aviões operados por controle remoto), diversos componentes de
alta tecnologia, mísseis e rifles, além de contratos para aprimorar
armamentos e aviões já existentes. Só que as empresas militares
israelenses, em geral, desenvolvem seus produtos com base no feedback
do exército de Israel, que, por sua vez, usa essas armas em crimes de
guerra ou reprimindo manifestações pacíficas”, aponta Jamal Juma.
No final de 2010, o Brasil reconheceu o
Estado Palestino, com as fronteiras de 4 de junho de 1967. Uma carta
enviada por partidos e pela sociedade civil, em agosto de 2011, ao
Ministro da Defesa Celso Amorim pede que ele, como chanceler que
também reconheceu publicamente o Estado Palestino, ajude a impulsionar
medidas de boicote à indústria bélica israelense junto ao governo
federal.
A carta é enfática: “O apoio à indústria militar israelense é parte da
conivência internacional com as políticas de apartheid, impede a
criação de um Estado palestino e contradiz a sua promessa de 2010 de
um Estado palestino. As relações militares atuais que o Brasil mantém
com Israel incluem a facilitação de lucros e a presença, em solo
brasileiro, de empresas israelenses envolvidas em abusos de direitos
humanos e crimes de guerra. Estes
fatos sugerem a violação dos deveres de Estados terceiros face ao
descumprimento do
direito internacional”.
A mesma recomendação é feita a Estados e municípios, que sejam
evitadas as parcerias com Israel, sobretudo nesta área. Nenhuma medida
de boicote, entretanto, foi adotada oficialmente pelo Estado
brasileiro até hoje. E, segundo os dados do Instituto Internacional de
Pesquisas da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês), compilados
pela campanha Stop The Wall, com base nos dados de exportação de armas
israelenses de 2005 - 2010, o Brasil foi o quinto maior importador de
armas israelenses.

Débora Prado é jornalista.
debora.prado@carosamigos.com.br

Interesses dos produtores israelenses de armas no Brasil

Conheça algumas das empresas, eventos e os interesses em jogo, que
tornam o Brasil um mercado atraente para a indústria bélica e de
segurança do Estado sionista. Os dados são da campanha Stop The Wall.

Empresa Elbit Systems:
- fornece armas que o Exército israelense usa para atacar civis e
promover “execuções extrajudiciais”. Fornece, também, equipamentos
para o Muro do Apartheid e para os assentamentos.
- comprou três empresas brasileiras de armas: a AEL, a Ares
Aeroespecial e Defesa S/A (“Ares”) e Periscópio Equipamentos
Optrônicos S/A (“Periscópio”).
- possui inúmeros contratos com as Forças Armadas brasileiras,
inclusive com o denominado Projeto Guarani, que é um contrato de US$
260 milhões para o fornecimento de torres de veículos armados não
tripulados.
- espera ganhar novos contratos para os Jogos Olímpicos e para a Copa
do Mundo no Brasil.

Israel Aircraft Industries (IAI):
- fornece armas que o Exército israelense usa para atacar civis e
promover “execuções extrajudiciais”. Além disso, fornece equipamentos
para o Muro do Apartheid e para os assentamentos.
- formou uma joint venture chamada EAE
com o Grupo Synergy. A subsidiária da IAI, a Bedek, usa os centros de
produção e manutenção da TAP M&E Brazil nos aeroportos do Rio de
Janeiro e de Porto Alegre.
- possui contratos com as Forças Armadas brasileiras e tenta ganhar
outros contratos com a Embraer.

Israel Military Industries (IMI):
- assim como muitas outras empresas israelenses de armas, já foi
acusada em casos de corrupção e suborno de funcionários públicos.
- deu a licença para a Taurus produzir os seus rifles Tavor no Brasil.
- O Exército brasileiro compra os rifles Tavor produzidos pela Taurus.

Feira LAAD – Defence & Security
- é a mais importante feira de eventos para a indústria de defesa e
segurança na América Latina. Reúne empresas brasileiras e
internacionais especializadas no fornecimento de equipamentos e
serviços para todos os três principais serviços das forças armadas,
polícia, forças especiais e serviços de segurança, bem como
consultores e agências governamentais. A feira é patrocinada pelo
Ministério da Defesa, pelos militares brasileiros e pelo Ministério
das Relações Exteriores e visitada pelas principais autoridades
políticas do país.

Campanha pelo boicote internacional a Israel

Para responder às violações de direitos humanos e internacionais
cometidas pelo Estado de Israel, entidades e ativistas buscam emplacar
a campanha de Boicotes, Desinvestimentos e Sanções (BDS) em diversos
países do mundo. Ela é a principal campanha internacional de
solidariedade a esse povo e contra qualquer forma de discriminação,
seja islamofóbica, antissemita ou outra.
Sua proposta é que governos e sociedade civil promovam embargos e
sanções contra o Estado de Israel até que se reconheçam os direitos do
povo palestino. Entre suas reivindicações estão:
- o fim imediato da ocupação militar e colonização de terras árabes e
a derrubada do muro do apartheid, que vem sendo construído na
Cisjordânia desde 2002, dividindo terras, famílias e impedindo os
palestinos do direito elementar de ir e vir;
- direitos civis iguais para todos os atuais habitantes de todo o
território histórico da Palestina, sejam palestinos ou judeus;
- o respeito ao direito de retorno dos refugiados palestinos às suas
terras e propriedades, das quais vêm sendo expulsos desde 1948, quando
foi criado o Estado de Israel, até os dias atuais.

CAMPANHA NO BRASIL
Especificamente sobre as relações brasileiras com Israel, a campanha
propõe ao governo que:
- rompa unilateralmente com o Tratado de Livre Comércio Israel-Mercosul;
- retire imediatamente o posto das Forças Armadas Brasileiras em Israel;
- cancele todos os contratos das Forças Armadas com empresas israelenses;
- exclua as empresas israelenses de participar de quaisquer
concorrências públicas;
- vete a instalação de empresas israelenses em território nacional ou
mesmo a aquisição de empresas nacionais por capitais israelenses;
- exclua as empresas israelenses de contratos para a Copa do Mundo e
os Jogos Olímpicos.